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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Desculpem interromper esta minha saga de histórias e barracadas mas lembram-se que ontem falei-vos do liceu e do baile de finalistas? Não resisto a pensar alto e em reviver aquelas modas...É que fui para o bendito baile parecendo uma garrafa de Ballentine: vestido verde garrafa, com mangas de balão e uma saia curtinha, cheia de roda e tule preto por baixo. Mas onde tinha a cabeça, por Dios!
Minha mãe, costureira e autora do dito modelito, ainda hoje diz que estava «tããã linda!». Cristo!
E as popas no alto da cabeça no início dos anos 90? Latas de laca, a pontos de ficarmos presas umas às outras quando nos cumprimentavamos com beijinhos (sério que acontecia).
Outra altura houve em que todas tínhamos uma saia de balão, com um mega elástico na cintura: por Dios, parecíamos abajours de candeeiros!!!!
Desde pequena que, com mãe modista, era das primeiras a surgir com novidades. Ainda guardo uma foto, tinha eu seis anos, com o cabelinho para o lado e um vestido cheio de debruns com os gasganetes apertados com um laçarote que até me fazia duplo queixo.
Amigas, como crescemos sem traumas de maior??????

Verdade, já subscreveram o meu blog? Meteram lá o vosso mail???

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9......................zen, zen

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Já vos pedi para subscreverem este meu blog? É só escreverem o vosso mail na caixinha debaixo do meu rasgado sorriso...

Bem,chega de lamechice que o que aí vem pode afetar os mais sensíveis!
Voltemos aos meus tempos de liceu, em Beja. Chegada a altura do baile de finalistas a azáfama era grande e a excitação gigantesca. Claro que, como nunca consegui ficar a leste de um happening, uma bela tarde decidimos pensar na logística do evento. E para o que me ofereci eu? Ajudar três amigos a carregarem uma arca congeladora daquelas gigantescas, rectangulares, de restaurante.
Também já vos falei da minha amiga Ana, minha sombra da juventude que agora já nem me fala (ficou importante...)?
Pois que, armada em campeã, já com a arca em ombros, faltaram-nos as forças para levantarmos o pesado mamarracho que me caiu em cima de um dedo. Confesso que nem senti nada mas, quando olhei para a mão...era um rio de sangue. Desunhara-me! Ou seja, a arca arrancou-me uma unha que apenas ficou presa por umas pelitas. Chamaram os bombeiros (vejam bem o despautério-a verdade é que os vidros ficaram espirrados de sangue com os solavancos e a cabeça do dedo solta).
A minha ex grande amiga ficou encarregue de ir avisar o meu pai, cuja loja - Louça dos Compadres-ficava, e ainda fica, a escassos metros do liceu (já agora cheia de utilidades, taças desportivas, equipamentos para casa e decoração - digam ao Bicho que vão da minha parte). A dita companheira, Ana de seu nome, era só tato:

«Sr. Bicho, a Elsa teve um acidente. Tem de ter calma! Ela foi levada para o hospital na ambulância. Não sei da gravidade mas foi esmagada por uma arca...»
O bom do Bicho saiu a correr.
Quando chegou ao Hospital já eu vinha a sair, apenas com um penso no dedo:
«Tiraram-me vocês da loja para isto????»

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Não querendo ser chata, que é adjetivo que não se coaduna com a minha pessoa, já subscreveram Bichanando? Importam-se, 'faxavôr', de deixar o vosso mail na caixinha por baixo do meu trombil?
Agradecida
'Atão' vamos a isto...
Chego a sonhar que me caem os dentes! Toda a vida sofri horrores com a boca. Já passei por todas as intervenções possíveis e imaginárias, já levei dezenas largas de anestesias - há uma, a chamada intrapulpar, que deverá ser semelhante a descarga elétrica daquelas que se vê os ossinhos todos nos desenhos animados... Só tenho dentes para sorrir, sempre ouvi na minha já vivida existência.
Então, andava eu em flirts com o meu atual digníssimo esposo, com quem vivo em pecado há nove anos, quando, claro, passei por situação deveras embaraçosa. O homem gostava de levar-me a comer peixe grelhado a Sesimbra. Lá estavamos nós naquela conversa do mão na mão, do pisca o olho,do ai és tão engraçada quando chegou a refeição...Foi logo na primeira garfada. Já imaginam, ?
Caíram-me os dentes provisórios com a mastigação. Levantei-me, fui a correr para a rua. O Zé Luís náo sabia se havia de correr atrás de mim, se pagava o almoço que nem chegara a começar, ou sequer sabia como havia de calar-me a choradeira...
O homem do restaurante olhava para nós, certamente, a pensar: mas que gente é esta?
O Zé Luís, com toda a paciência do mundo, tentava acalmar-me sem que eu conseguisse fazer mais que balbuciar hum, hum, hum! (sem abrir a boca, lógico).
Moral da história, só ficar sem dentes me fecha a matraca!

 

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 Já subscreveram o meu blog? É só colocar o vosso mail aqui ao lado, por baixo da minha fronhita...ou querem que me IRRRRITE? Hum?
Por Dios...

Há dois dias fui ter com a minha parceira Filipa Reis ao jornal A BOLA. Sinto falta daquela gente que sempre teve paciência para aturar as minhas pachouvadas. Foi quando ela me sugeriu que contasse mais uma das minhas calinadas nas longas, longas horas que têm 18 anos de lidação diária.
Na Travessa da Queimada, em pleno coração do Bairro Alto, ainda hoje existe uma mercearia na esquina. Na nossa altura de moças novas o estabelecimento pertencia ao senhor António. Éramos clientes assíduas, sobretudo para as belas das garrafas de água. Até que a mercearia fechou para obras. Assim que reabriu lá fui eu e a bela da Filipa. Eu, como muitas vezes não consigo pensar antes de falar, comecei com a minha inata simpatia. «Isto ficou muito engraçado. Está bonito, muito melhor... »
«Sim, pintamos, mudamos prateleiras, fizemos algumas transformações...»
«Bem, senhor António, de tudo o mais espetacular é o teto. Ficou bem giro, com esta madeira antiga trabalhada...»
Diz o senhor António: «Pois, o teto foi a única coisa que não mexi!»
A Filipa largou-se logo a rir e deixou-me lá, sem buraco, nem teto, onde me esconder.

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 Aqui ando eu num flashback entre os tempos de Beja, de Lisboa, de solteira e de uniões de facto.
Houve um primeiro desgraçado que me aturou antes do santo do Zé Luís. Desse tempo só me recordo desta grandessíssima barraca que abaixo descrevo (se algum de vocês me fala disto, não me responsabilizo por mim...)
Então, uma bela tarde de verão fui à praia com o dito cujo. Ele estava sentado na toalha quando um abelhão decidiu pica-lo na perna. Foi mais na coxa...cá para cima. O desgraçado começou logo a contorcer-se com dores, sem conseguir mexer a perna. Eu, que sou moça que não se descontrola com nada, fui logo a correr chamar o nadador salvador. Surge um daqueles senhores já batidos, mais velhote, magrinho, carcomido do sol. Percebeu de imediato o que se passava e disse-me: «você vai ter que o ajudar». Ok, como?
«Vai ter de chupar o veneno!».

«Chupar e fico eu com o veneno? (fixe, também, eu).

«Então, depois cospe...»

Com o moço aos berros não tive bem tempo de pensar nas instruções. Lá apertei a coxa do rapaz, sugava o veneno e cuspia-o para a areia. O belo do nadador salvador, continuava: «chupe, chupe...»
Só quando o lesado da abelha começou a mexer a perna e calou os esgares de dor é que me apercebi da figura mais, sei lá.... (classifiquem vocês). 
Estão a imaginar o filme? Toda a praia estava a olhar para mim...e a rir.
 

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