Estava eu na Rádio Voz da Planície (Beja) quando a discussão eclodiu. Os touros de morte foram proibidos mas naquele agosto o matador viera de Espanha. Como sempre, a festa brava fez-se na praça central de Barrancos, deixando a Igreja no meio da arena. Engolida pelo maralhal de pessoas, eu- que quando Deus nosso Senhor distribuiu a coragem estava no fim da fila-, lá me escondi debaixo das improvisadas bancadas de madeira. Não vi nada da tourada. Nem touro, nem toureiro. Minto.
É que no meio da confusão entrei pela Igreja dentro e fui parar à sacristia. Estava já a pensar: «Elsa Marina já estás outra vez a fazer m....», quando ouvi: «Perdona!»
Era o espanhol do toureiro que trocava de roupa para não ser reconhecido. Riu-se. Eu fiquei estática. Despediu-se: «Gracias».
Moral da história: nunca fui boa a aproveitar os furos que me caem no colo!