Pois que a minha adolescência, por mais voltas que dê a pensar, vai sempre parar à Pandora. Ás suas matinés, às primeiras noites de discoteca aos 14 anos quando o meu pai me ia buscar à meia noite e meia- mal dava para ver a abertura da pista ao som do Bolero, de Ravel... Era brutal meus amigos (como é que tudo acaba assim??)
Foi na Pandora que apresentei desfiles de moda, foi na Pandora que suei as estopinhas e quase me desmangaritava (acho que esta palavra é Gertrudês!) de tanto dançar, foi na Pandora que dei o meu primeiro beijo. Ainda me recordo do nome do galã- Pedro Trincalhetas (espero que ele não leia isto!). É que o indíviduo nem se recorda- até porque naquela noite divertia-se a beijar todas quantas lhe apareciam pela frente (com tudo o que já me aconteceu nem sei como sou mentalmente tão sã!) Mas, veja-se, na altura era um dos babes mais bonitos e disputados de Beja. Fica-me a consolação!