A Suécia é, de facto, um país e tanto! E lá que sabem receber, não há como negar.
Eu é que sempre fui esta peça inacabada...enfim! Depois de ter recusado o passeio a cavalo e depois de ter dado estrilho a descer pelas grutas de mar congelado, o terceiro dia de receção aos estudantes Erasmus contemplava esqui! Os outros adoraram! Eu nunca sequer tinha feito o chamado sku.
Estamos a falar da Suécia...imaginam a pista de esqui? Gigantesca, para profissionais. Lá tive eu de voltar a dizer que não me aventurava e os nossos anfitriões já olhavam para mim de lado, chamando-me desmancha prazeres. Também não podiam agradar-nos só com um mero piquenique? Catano...
Pois, que lá foram os restantes estudantes estrangeiros todos artilhados montanha acima para esquiar. Eu fiquei numa colinazita, ao lado da estância, que tinha neve às camadas, a jogar frisbee com uma miúda que me perguntou, de forma gestual, logicamente, se lhe fazia companhia. Mas a miúda era rija com aquilo. A ponto de ter atirado o maldito disco uns bons metros para longe. Lá fui eu, no meio daquela brancura fofa. Mas quando me agachei para apanhar o disco senti um grande, mas mesmo grande, bafo de calor. Voltei-me bem devagarinho. Era uma rena!!! Com ar tão amoroso! Parecia estar a sorrir para mim ou a desafiar-me para jogar também. Já congelada, recongelei de medo. Apanhei o frisbee e ela ficou ali, até com ar meio murcho, a ver-me ir embora. Foi dos momentos mais ternurentos que já vivi (pela minha santa saúde que isto é tudo verdade).