Vamos acelerar um bocadinho. Nem sei quantos Pais Nossos e Avés Marias rezei eu de olhos fechados, enfiada no carro de rali do Jari-Matti Latvala. Verdade! Uau! Mais uma reportagem em A BOLA. Primeiro, não sou amante de velocidades, muito menos num carro claustrofóbico com uma rede a tapar a janela - já vos disse que tenho pânico de espaços fechados???
Lá me fiz de forte e fui dar a voltinha com o filandês - trombudo, como só ele. Bem me metia com o conceituado piloto, em inglês, naturalmente, durante o passeio, pelo micro, mas o homem nem me voltava resposta. Sei que abria os olhos de vez em quando e via as árvores a virem na nossa direção.
Terminada a grande oportunidade, para mim um calvário, por fim, vi algo que me entusiasmou. É que o carro, como devem calcular estava castanho de tanta terra. Um dos operadores da box veio de lá com um borrifador e, amigos, o carro ficou a espelhar em segundos - lá fui eu a correr atrás do individuo:« ai amigo que produto é esse que me dava um jeitaço lá nos vidros de casa?» Só eu para me encantar neste pormenor - barraca!
Mas o Latvala não se ficou a rir. É que o finlandês decidiu despir-se atrás de um autocarro que se pôs em marcha. Nós, jornalistas, já estavamos no nosso bus para ir embora. Fiz questão de bater no vidro, apontar para ele - branquelas, branquelas em boxers - e largar-me a rir!