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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Vou mudar de casa. Já comecei a empacotar as tranquitanas: tanto lixo!!! Para que quer uma pessoa todos os papelinhos, caixinhas e laçarotes? Cristo!
Andava a esvaziar gavetas e em todas, mas todas, saquei uma quantidade de moedas pretas. Tanto cascalho - mais valia que tivesse voltado a sentir aquela felicidade de encontrar notas nos bolsos da roupa. Mas não! Só moedas e mais moedas....Meti tudo num saco plástico e hoje de manhã pensei levar aquilo para a padaria, a ver se me trocavam a fortuna reaparecida. Mas, como sou tão inteligente, não consegui pensar que o saco plástico iria rasgar-se. Foi logo ali na calçada defronte do prédio: havia moedas a rolar estrada fora... Ups!
Ainda comecei a apanhar algumas mas depressa desisti da empreitada. Fui para o café. Quando voltei para o carro, surpresa: era ver malta de rabo no ar a apanhar moedas...Lá encontrei uma pessoa conhecida: «olhe são minhas!» E provei o que afirmava mostrando o resto do saco roto. E não é que consegui reaver o cascalho? A simpatia da vizinhança andou de rabo no ar a meter as mãos entre as pedras para sacar as moedas - coisa que não tive paciência para fazer -, e ainda mas devolveu! Continuo com o saco na mala a agudizar-me a escoleose com o peso e não sei que fazer aquilo que nem na padaria me aceitaram as pretinhas. O meu pai faz-me falta para muita coisa: esta é uma delas. De certeza que me ficava com o saquinho!