Longe vai o tempo em que a minha Caetana me disse que queria ser vlogger e que eu, armada em esperta, a corrigi dizendo-lhe que era blogger e não vlogger, arrumando ela depois comigo num ápice esclarecendo-me: «dah - vlogger é em video!»
Ups!
A partir daí deixei de fechar os olhos à mudança dos tempos, tentando embrenhar-me um pouco mais no digital. Agora que voltei a fazer novo curso - desta feita da Google - vim de lá apaixonada pela linguagem! Tão sexy! Quero mesmo dominar todas as terminologias para ver se o meu inglês com sotaque alentejano faz furor. E imagino uma conversa com o meu pai, o meu santo Francisco Bicho, que, quando adolescente me deu um raspanete por eu «querer andar à vara larga», e quando lhe respondi of course, ele returquiu: «O que é que me chamaste?»
Então, pai, esta nossa vida, sempre on the go, com tantas preocupações top of mind, lança-me algumas red flags de que estou a falhar como filha. Não quero ter very bad rep, mas ando a tentar safar-me, a investir em mim própria, dedicada a crowdsourcing, a tagar pessoas cujos contactos me possam ser úteis, a tentar novos engagments, a ver se melhoro o look and feel da minha presença on line. Mas são muitos players e estou receosa da minha accuracy. Depois de 18 anos de jornalismo desportivo este retargetting da minha vida é processo moroso. Estou à espera de sentir um CTA (call to action), assim consiga boas e positivas referreals (ou será reviews?) Vou continuar a fazer personal branding, SEO da minha própria pessoa em todos os devices disponíveis, com o objetivo de ter uma bouncing rate reduzida. Ok?
Enfim, pai, chego dia 23!
Tal não é a moenga...