Há que ter fé na juventude, certo? Irra!
Quantas, como eu, passam tempo infindável nas casas de banho públicas? Não porque tenha constantes gastroenterites mas porque gosto de ler as mensagens escritas na porta. Então em sítios onde haja muita mocidade, é um prato! Como numa Universidade onde estive recentemente. «Men are trash (homens são lixo)?» Querida, recompõe-te! Não te preocupes que ninguém morre de amor. Nem o Romeu e a Julieta! Se não fosse o veneno logo vias se batiam a bota!
«Somos meros números sem importância?» Tão novos e já sem qualquer autoconfiança. Assim é complicado tirar o befe da cama, concordo.
Mas daí a «vou-me suicidar»? Amigas, não sejam tão dramáticas. Acreditem que depois da Universidade vem o período aúreo da nossa existência. E a paciência de alguém que ainda aconselhou «vais perder tantas oportunidades»!
Outras mensagens havia que não posso relatar-vos aqui - até porque eram desenhos escabrosos. Acho isto tudo tão patético. Até me lembrei do Jorge Feio. Rapaz que no preparatório dizia que estava apaixonadíssimo pela minha pessoa (sim, tinha óculos). Um dia fui para o intervalo e vi uma parede branca da escola com a inscrição - «Elsa Bicho amo-te»- escrita a vermelho. Fui-me a ele, dei-lhe uma descompostura como ninguém acredita que esta pessoa meiga que sou fosse capaz, e obriguei-o a limpar aquilo com a língua.
Verdade, verdadinha!