Tenho cá um tato....Quando Deus Nosso Senhor distribuiu a sensibilidade devia ter ido à casa de banho...outra vez! Ontem à noite voltei a viver noite bem emocionante. Foi o sarau de Natal da coletividade da qual sou vice-presidente - a tal de nome curtinho e fácil de memorizar, o Centro Desportivo Cultural e Recreativos dos Moinhos da Funcheira.
A minha Piqui esteve tão bem!!!!!! Go Piquiiiiiiiiiii!
Bem, voltei a apresentar o espetáculo das minhas meninas e mais valia que ali estivesse sempre a mandar as minhas bordoadas, em vez de estar nos bastidores a desestabilizar. Além de não ter jeitinho nenhum para maquilhar as crianças, muito menos para pentea-las, muito menos para vender ingressos e fazer trocos, ali fiquei a tirar fotos.
Uma pequenina - linda, olhos verdes, cabelos loiros aos cachos - estreava-se em saraus.
A mãe, preocupada, dirigiu-se a mim (!!!!). «Se ela ficar nervosa dê-lhe água.»
«Fique descansada. Qualquer coisa chamamo-la logo da bancada.»
«Não, acho que ela fica ainda mais desconcentrada se me vir. Dê-lhe água!»
Combinado. Mas a miúda estava mais do que satisfeita. Qual nervoso, qual quê.
Ali andava, atrás das outras, feliz, feliz... Quis meter-me com ela: «Então Laurinha, valente! Aí estás tu, só de maiô, nem tens frio nas pernas!»
Grande tirada. A miúda, que estava tão bem, larga-se num berreiro, num pânico.... e eu só pensava: água, água.
Então, mas que foi? Lá se percebeu no meio do pranto, enquanto bebia as lágrimas, a razão do desespero... é que todas tinham meias por baixo do maiô e só ela estava diferente, sem meias. Lá a Susana Batista (presidente também é para estas coisas) pegou na miúda ao colo, lá a acalmou.... e eu saí de fininho, claro, depois de espetar uma carga de nervos na criança. Mas sabem que mais? Portou-se como uma senhorita. A Laurinha e todas as nossas ginastas!