Domingo fui ao futebol aplaudir mais uma vitória do meu Belenenses.
Lá peguei na minha mini me que só vai arrastada ou subornada com a promessa de lhe comprar pipocas ou batatas fritas. Acontece que o futebol mexe-me com os nervos e a pastilha elástica ajuda-me a exaurir a tensão. Muito ciente da conservação ambiental, não sou mulher de deitar, depois, as pastilhas e os respetivos papéis para o chão.
A Caetana, sem eu ver, ainda as atira para onde calha mas tem sempre azar de eu estar à coca e depois passa pela vergonha de andar a apanhar pastilhas do chão e ficar com os dedos colados, cheios de nhanha.
Estava eu a gritar e a chamar nomes a quem me apetecia - o futebol é muito terapêutico - quando me apareceu um conhecido. Sabem aquelas pessoas cujos rostos reconhecemos, 'atão' mas lembrar-me do nome do indivíduo?
«Tudo bem? Como estás, pá? Novidades?», e prosseguia a conversa de circunstância quando saco a mão do bolso para pô-la no ombro do rapaz enquanto lhe dava dois beijinhos. 'Atão' não é que a pastilha que esperava por chegar a um caixote veio atrás, ficando colada no casaco do moço?
Dá-me a sensação que depois caiu logo, mas não tenho a certeza.
Sim, não me orgulho do que fiz! E não ia dizer à pessoa: tens uma pastilha toda mastigada por mim colada nas tuas costas, né?
Mas o meio ambiente agradece!
Espera, não, que a pastilha acabou por ficar no chão mal enrolada no papel e tudo...
Tal não é a moenga...