Olha que isto há com cada porra! E eu é que sou da província...
Fui ao meu ginásio - já vos disse que se não me esfalfar aos pulos terei de amantizar-me com um psiquiatra -, e entrei no balneário afoita, à pressa, o meu normal...
Como trago sempre montes de tralha, puxo por um trolley que, por ser enorme, obriga-me a ocupar dois cacifos: um em baixo e outro em cima (ó Fitness Hut, não trocava de ginásio nem que me pagassem mas os cacifos são um bocadinho a dar para o estreito).
Lógico que, atarantada como só eu, abri a porta do cacifo superior, comecei a tirar a roupa do meu 'bobby' e assim que me levanto - badum, mandei uma trancada na porta do cacifo de cima que até me fez perder a força nas pernas. A ver se consigo descrever o momento: sabem aquela dor fininha, mesmo no alto da pinha, que parece ter o efeito daquelas máquinas de cortar fiambre pelo cocuruto adentro? Doeu, porra dum cabrão.
Dei um passo atrás mas nem tive tempo de curtir o meu sofrimento. Acreditam que a moça ao meu lado começou a sentir-se mal de ver-me bater com a caixa córnea?
«Ai, eu não posso ver pessoas a magoarem-se, muito menos sangue», dizia a lívida rapariga. «Mas eu não estou a sangrar. Só fiz um galo [mais um, nem a $%##%W].»
«Mas eu vi-a bater com a cabeça e ouvi o barulho. E fico logo a sentir-me mal. Vou ali lavar a cara!»
E correu para a casa de banho. Acham normal?
Ainda a fui espreitar mas estava encafuada no compartimento das sanitas.
Bolas - e fui eu que me aleijei!
Tal não é a moenga...