Dia de sol.
Dia sem birras com a Caetana logo de manhã a não resmungar da roupa, nem a importar-se com as meias que não eram curtas ou com os calções que não lhe vincavam as pernas. Sorriso nos lábios, otimismo de que algo vai ter de acontecer, mais cedo ou mais tarde. A certeza de que, o que for meu, para mim está reservado e outras pachovadas do género que nos ajudam a arribar. Miúda no carro, a caminho da escola à qual chegamos sempre, no mínimo, com 15 minutos de antecedência visto que a minha rebento tem de cuscar quem chega com quem, o que as pessoas trazem vestido, tendo, impreterivelmente, de ser sempre primeira a entrar (tal e qual a avozinha Gertrudes). Música 'cool' para ajudar ao ânimo e a inevitável paragem na passadeira para deixar passar um senhor - não muito velho, não muito novo - que até agradeceu, quando não fiz mais que a minha obrigação.
'Atão' não é que aquela alminha pespega-se a meio da passadeira para assoar-se, deixa cair o lenço e fica com a moncada presa no nariz?
Belo cenário só para abrir a pestana! Parecia o slime da minha filha, aquela nhanha viscosa, até meio amarela, que logo ali me revirou os bofes. Com toda a calma, o bendito senhor apanhou o lenço tentando que o muco pendurado não caísse no chão, limpou, por fim o nariz, e só depois arrepiou caminho.
Era preciso assistir aquela cena em slow motion? Como há-de uma miúda não andar com o rastilho curto?
Tal não é a moenga...