Todos nós passamos na vida por momentos de profunda tristeza. Acontece quando nos despedimos de alguém que sempre fez parte da nossa vida. É o ciclo da existência, mas custa sempre! Momentos em que dá sempre jeito ter por perto um ...Bicho!
Apesar de ser o maior chorão de todos, quando lhe dá a força, mesmo de forma inconsciente, é impossível não rir perto dele.
Estavamos juntos, em pesar, quando nos lembramos de mais uma saída do mê pai.
E ainda nos rimos ao lembrar o dia em que veio a Lisboa e conversavamos defronte do prédio da minha tia Dulce que vive nas ruas acima do Jardim Zoologico.
Dizia, então, o Bicho nessa altura: «Vá lá, apanhamos bom tempo, há muito que aqui não vinha, bla, bla, bla e até apanhamos aqui uma procissão!»
«Uma procissão pai?»
«Sim, atão não a vês?»
«Não - onde está a procissão?»
«Atão não vês ali ao fundo os altares?»
«Pai: aquilo é o teleférico do Zoo!»
Ah, ah, ah, ah
Sério - só aquele homem! E ainda me rio só de lembrar-me da cara dele quando se apercebeu da calinada que tinha dito.
Tal não é a moenga...