Começou logo de manhã quando encontrei a minha amiga Suzana Santos.
«Elsa, tens as calças sujas. Volta-te lá. Parece café!»
«Bem, estás a querer dizer-me que tenho o rabo sujo com uma mancha castanha? Porra, já sei o que vão pensar...»
Mas como já não voltava a casa, não troquei de roupa. Ora bolas: não havia ninguém que não me dissesse: «Elsa, tens as calças sujas!»
Catano - comete uma pessoa um deslizezinho, sai uma pessoa à rua ligeiramente calhandrona- o que não é meu hábito-, e toda a santíssima gente repara na mancha.
Vejam lá se alguém me diz que a minha pele está reluzente, que os brancos estão tapados, que o meu sorriso está glorioso (se calhar é porque não está!)
O que mais me enerva é que toda a gente me olhou para o befe para reparar na porcaria da nódoa. Na minha mocidade ninguém me olhava para o traseiro. Fosse eu rabuda e empinada de bunda ainda era como o outro, agora assim...
Já sei, já sei, vou trocar de calças!
Tal não é a moenga...