A Páscoa já passou mas parece que ainda continuamos à mesa, a sentirmo-nos gansos entupidos de comida para ' fois gras'. Estou a precisar de mais uma aulinha de body attack como a que fiz na semana passada. Ocasião em que um rapazito japonês se aventurou a andar aos pulos qual Jane Fonda.
Anafadinho, assim a dar para o inchado, para o gordito, para o 62 de calça, o jovem ali ficou empenhado na tarefa de aguentar-se à bomboca. Acontece que, descordenado como uma marioneta sem fios, o belo do japonês não mantinha da minha pessoa a chamada distância de segurança. Eu, que até me ajeito na coisa, tinha de pensar na coreografia e ainda tentar adivinhar para onde seguiria o 'atleta'. Já me ria, já fazia cara de má - como que a dizer-lhe - já me davas espacito para esticar as pernas, não? -, mas o pobre não se tocava.
Até que parou e foi sentar-se de cabeça baixa. Querem ver que vai ter um treco?, pensei, preocupada.
Fui ter com ele que olhou para mim como se visse, literalmente, um Bicho. Perguntei se estava bem, não percebia patavina. Fazia-me sinal com a mão para que continuasse e eu rodopiava a minha mão no ar, a perguntar-lhe se estava tonto. Linguagem corporal que não me valeu de muito. Resultado - virou-me costas, afugentei o rapaz mas fiquei com mais uns metros para pulos. Pena que a aulda estivesse quase no fim.
Tal não é a moenga...