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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Porra!
Anda uma pessoa a tentar manter-se o mais jovem possível, a tentar manter a autoestima quando a idade só puxa para baixo (literalmente) e, em escassos segundos, vai-se o moral todo.
Eu cá sou moça de comprar roupa baratinha. Até porque a estrago logo toda- maneiras que não vale a pena investir muito no look. Mas desde sempre que gosto de riscas. Adoro riscas! E também sou muito fã de um bom padrão xadrez. A minha peça de vestuário preferida são os vestidos - práticos, é enfiar e está a andar!
Isto para contar-vos que comprei um vestinho xadrez com quadrados azuis e brancos. Fresquinho, saia em evasê para dar bem à perna, confortável - tão contente que eu estava...Até sair à rua, entrar num supermercado e ouvir de um grupo de adolescentes: «parece uma toalha de mesa!»
Sniff!

Tal não é a moenga...

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Sabem quando vamos ao supermercado, trazemos tudo o que precisavamos e mais uma série de tranquitanas que só nos servem para gastar dinheiro e depois chegamos a casa e não temos shampoo para lavar a cabeça à miúda? 
E o que me enerva ir a grandes superfícies - são quilómetros lá dentro! Para comprar qualquer tanguinha, temos de atravessar os corredores todos, passar pelos dos frigoríficos e apanhar uma rigeza dos diabos...
Bem, ia de carro, com tempo e parei numa superficie mais pequenina, só para ir buscar o shampoo da criança. Pacientemente pus-me na fila e ali fiquei a observar o comportamento da rapaziada que de férias parece que emparvece - gritam uns pelos outros, entopem-se de chocolatungas, telefonam uns aos outros a 50 metros de distância... Bem, estava eu entregue a estes pensamentos quando começo a sentir no meu traseiro um pisão do carrinho do trás. Olhei, naturalmente - pensei, um velhote. E aí teria muita paciência conforme me ensina a minha Caetana. Mas não. Homem dos seus 50 anos, se tanto. Boné na cabeça, agarrado ao telemóvel. Com o carrinho cheio, assim que o largava para mexer no telefone, lá vinham as rodinhas para cima de mim.
E aquilo dói - experimentem ter sandálias e levarem com o carrinho nos artelhos. Catano!
Uma vez, duas, três - nem pedia desculpa, nem agarrava o carrinho, nem mugia nem tugia. 
Há malta mesmo estrôncia.
Paguei o shampoo, olhei para ele com ar de quem diz - só me apetecia mandar-te o shampoo à tromba - e o amigo ainda ficou incrédulo a olhar para mim, como que a pensar: o que que quererá esta tipa!
Arre!
Tal não é a moenga....

P. S - entretando o shampoo abriu-se no saco.
Deus ensina-nos humildade nas mais distintas formas...

 

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Eu arranjo-me com cada uma! Por Dios!
Ontem vivi manhã de sacríficio.
Arre!
Todo um novo e maravilhoso mundo revelou-se-me quando descobri que, apesar da hipermetropia, podia usar lentes de contacto. Adaptei-me maravilhosamente - aquilo é o céu! Uma das maiores invenções do mundo - depois da epidural, naturalmente!
Lá fui para a casa de banho por os plastiquinhos nos olhos, acontece que - não me perguntem porquê-, ao lado do redondo recipiente onde guardo as lentes de noite, tenho idêntico recipiente mas com água oxigenada - de 20 graus! Já estão a antever que, sem qualquer pasmo, troquei os líquidos e levei os dedos aos olhos com a água oxigenada bem puxadinha!
Ai, amigos - um ardor, uma vermelhidão, umas dores....E depois para por as lentes e despachar-me?
Parecia saída de um filme de terror com os olhos de boga cheios de laivos encarnados! Mas ao menos fiquei com as dioptrias bem desinfetadinhas!
Agora que penso nisso, outro dia o Zé Luís também teve uma infeção nos olhos... Será que lhe aconteceu o mesmo?
Estou prestes  a levar um par de patins! 

Tal não é a moenga...

 

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Juntemos mais uma tirada da minha Caetana a esta minha coleção de tesourinhos.
A miúda tem mesmo graça - tal e qual sua mãezinha (ah, ah, ah).
Se há coisa que a chateia é quando começo a praguejar no trânsito - sim, até a mim me salta a tampa e mando as minhas asneiradas quando à minha frente segue malta que parece conduzir só para estorvar os outros.
Bem - muito mais se chateia a minha filhota quando, após ver-me ultrapassar condutores tartaruga, constata que ao volante seguem velhotes. «Ó mãe, coitadinhos, e tu a chateares-te com eles! Já têm idade. Tens de desculpa-los e ter mais paciência». Toda a razão minha filhoca. E engulo em seco porque a miúda tem muito mais coração e sapiência que eu.
Uma destas manhãs tivemos de ir a Algés e a cena repetiu-se. Com a agravante de ser o paizinho dela a levar o carro. Descompôs a bom descompor o carro da frente que parava «sem respeito nenhum por quem vinha atrás», passou, buzinou - fez e disse tudo a que também tinha direito. Vamos a ver era um octagenário.
Ui - pensei - vai saltar lá detrás...E assim foi. 
«Ó pai...não vês que é um velhote? Como podes irritar-te com assim! Sinceramente....» 
E quando estava à espera de uma bela lição de moral das dela , quando apostava que a minha Caetana ia dar uma desanda ao pai que tinha de ter mais respeito pelos idosos «porque um dia também vai ser velhinho e não vai gostar quando gritarem com ele no trânsito», sai-se com: «Já pensaste, pai, já pensaste, que qualquer dia levas com a bengala de algum?»
Tal não é a moenga...

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O que vale é que tenho testemunhas, se não vocês pensavam que eu mentia com quantos dentes tenho na boca, ou melhor - visto estar a escrever - com quantos dedos tenho nas mãos!
Pela enésima oitava vez perdi o telemóvel.
Pela enésima oitava vez vieram trazer-mo. Surreal!
Até já me envergonho. Sábado andei cá nas minhas voltas, compras, azáfama, criança- o normal né?- e pus-me a passar a ferro - sim, calha a todos, há sacrificios a que uma pessoa tem de sujeitar-se.
Estava eu a criar calos da força que faço ao pegar no estropício do ferro de engomar quando me apercebo que o telemóvel estava muito calado. Dei uma voltinha pela casa- nada. Pensei: deve estar num bolso da mala.
E dei seguimento à minha saga doméstica (como se tivesse jeitinho!).
Nisto tocam à porta. A boa da Caetana parece que ganha molas ao ouvir a campainha.
«Mãe, é um senhor careca!», gritava, discretíssima como sua mãe, ao olhar para o intercomunicador.
«Sim? Olhe, desculpe vizinha, a sua filha tem algum telemóvel?»
Fez-se-me luz.
«Ai é o meu!»
Desci.
«Olhe, fui deitar o lixo fora e vi o telefone no chão, ao pé do seu carro. Mexi-lhe e vi logo a fotografia da sua filha. Percebi logo que era vosso!»
Nem sei quantas vezes agradeci ao vizinho do rés-do-chão. Ainda dizem que não se deve ter fotos dos filhos nos telemóveis. Vejam como me safou. Mas sei que qualquer dia vou mesmo perder o telefone. E depois aturem-me.
Acho que até abracei o vizinho depois de lhe ter dado uma espécie de Hi five! Figuras!
Vou passar a festejar o dia da vizinhança. Há dias para tudo mesmo - alguém sabe quando é?
Tal não é a moenga...

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