Lembram-se de ter-vos falado de um alentejanito bem típico que, durante a animação da Beja Romana, se colocava, no meio dos que rufavam tambores, como se ninguém desse pela sua presença no meio do espetáculo? Um velhote que até classifiquei de mal encarado, por ter o nariz a colar ao queixo de tão trombudo? Pois que parece que o belo personagem é figura bem conhecida por Beja. E surge sempre com a mesma farpela - o seu cajadinho, a sua samarra- que isto o frio não está para brincadeiras-, a sua boina que nunca lhe salta da cabeça. Pois que se chegasse à fala com o personagem teria de pedir-lhe desculpa - é que parece que o senhor é bem simpático com os que se metem com ele. Mania que as pessoas têm logo de julgar as outras - catano...
Pois esta figuraça faz-me lembrar o senhor do adeus que em Lisboa se colocava nos sinais de trânsito a acenar a quem passava. O seu falecimernto foi, inclusive, motivo de reportagens tal a notoriedade que ganhou, recordam-se? Pois em Beja há agora este senhor samarra. Já pedi ao meu pai para pesquisar o nome da personagem- aliás foi o meu pai que me mandou a fotografia em cima (a quem sairei eu tão cusca, desenvolta, e metediça?)
Eu diria que o bom do patusco alentejano dá pelo nome de Asdrúbal, Godofredo, Bonifácio ou Amâncio.
Se se ficar pelo Manuel ou pelo típico Zéi fico desiludida.
Mas, brincadeiras à parte, terá família? Ninguém lhe pergunta se não derrete com calor debaixo daquela manta de pêlo às costas?
Tal não é a moenga...