Pois que hoje é dia de Santo António - abençoado do qual fiquei ainda mais devota quando, depois de o encontrar num modesto pedestal de uma estreitinha rua da Lisboa antiga lhe pedi para ser mãe. E, pasme-se, pouco depois estava grávida da minha Caetana que, agora que penso bem nisso, dava uma bela marchante tal o abanico de ancas.
Cá eu também gostava de marchar. Sério. Aquilo é uma animação - só tinha de superar a minha claustrofobia - acreditam que não consigo passar da Sé que me falta o ar no meio da multidão? Estou a ficar com frescuras a mais para o meu gosto.
Bem - há dois anos que vou à Altice Arena ver a apresentação das marchas a concurso já que o meu amigo Paulo Battista é, pelo segundo ano consecutivo, padrinho da marcha dos Olivais. Sítio que até frequento com grande regularidade - e adoro. Vou para os Olivais atrás do meu ginásio de há anos. Yé yé yé yé - OLIVAIS É QUE É!
Bem, prossiguemos.
Lá estive toda a noite a aplaudir a alegria daquela gente embelezada com cores, purpurinas e glitters homenageando o mais típico da encantadora Lisboa. Mas nas bancadas o espetáculo é igualmente animador. Ver os típicos bairristas torcerem à desgarrada pelo seu bairro, velhotas com dificuldade em andar mas boas de pulmões e pregões, velhotes torrados do sol, com cores de saúde mas com pouca saúde dentária, crianças marchantes em ponto pequeno com rastilho mais curto que os pais...
Santos são sardinhas e arraiais, são Lisboa e muito mais e que no fim - brilhem OS OLIVAIS!
Parabéns marcha dos Olivais - estavam lindos! Honroso nono lugar!
Tal não é a moenga....