Dizia eu mal do outro desgraçado cá de casa que parece um código de barras tantas as listas e marcas do sol.
«Epá, é de estar nos treinos!», justificava-se.
Pensava eu cá para os meus botões : «Era mesmo eu que ficava à estorreira do sol a ver os marmanjos treinar!»
Pela boca morre o peixe - e morre a pele sedosa dos meus presuntos. Agora, no Casa Pia, estou onde a equipa estiver (salvo alguns locais que naturalmente me são vedados!)
Manhã de sábado - calorzinho bom. Levei saia comprida e umas sandálias com barra no peito do pé.
Quando cheguei a casa - palavras para quê? Tenho uma certa dor na parte gorda do pé e chateia-me, sobremaneira, ter os pés inchados. E queimados. E doridos. E secos.
Mas, ao menos, não chuto bolas- os desgraçados dos jogadores, das chuteiras, do calor, dos pontapés têm os presuntos, (e aquelas unhas, Cristo) transformados em rolos de carne queimados.
Não quero nem pensar quando acabar esta época que ainda nem começou a sério - devo ficar a parecer uma peça de dominó tantas as sardas que o sol me desenha na pele.
Tal não é a moega...