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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Juro-vos que não sei como aguenta quem tem três, quatro e cinco filhos... Eu, com uma, já estou precisada de um implante capilar tantos os nervos de andar sempre atrás dela a dizer-lhe o mesmo: «Caetana arruma/ Caetana não deixes as luzes acesas/ Caetana limpa/ Caetana não sejas calhandrona (em bom alentejano!)»
Quando me salta a tampa - e salta disparadíssima muitas vezes - , tiro-lhe o telefone. Acabam-se os whatsapps e  Tik Toks. É o pior que lhe posso fazer.
Vem, depois, a boa da moça, tentar amansar-me.
-Mamã, vou arrumar as gavetas.
- Ora aí está uma boa ideia que cada vez que lá mexes deixas tudo revolvido.
-O que é revolvido?
-Ai....

Dois minutos mais tarde...
-Anda ver como ficou tudo arrumadinho mamã!
-Caetana, então desdobraste as cuecas todas? Isto parece uma loja. Estavam todas dobradinhas... Para que foi isso? Ai se a tua avó Gertrudes visse!!!!!
-Mas ela não vai saber porque tu não lhe vais contar!
-Mas vou escrever no blog!
-Mãe, por favor, não escrevas isto no teu blog . Toda a gente tem direito a sua 'parvoicidade'!
(Ah, ah, ah, ah, ah...)

-Agora é que disseste algo acertado - parvoicidade.
Deverá ser mistura de parvoíce e privacidade. Digo eu. Na cabecinha dela foi só tentativa de articular as palavras mais rápido que o raciocínio. Depois fica toda chateada quando me rio das tiradas dela. Minha Caetana é a maior! E está-se mesmo a ver que respeito a sua 'parvoicidade', né?

Tal não é a moenga!

Cuidem-se!

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Há muito tempo que mudei a minha vida pela minha filha Caetana. E nunca me arrependi. Nem vou arrepender. 
Antes do #%$%&/&ta do Coronavírus já passava muito tempo em casa com ela.
Mas tem 9 anos, quer brincar, é cheia de saúde e energia, graças a Deus, e é já muito difícil entretê-la (grande Tik Tok, obrigada!)
Vai agora passar a ter escola em casa e, mesmo que a vida volte- mais ou menos- a ser o que era, eu continuarei dedicada à minha pequena tufão. E é tão bom. É mesmo tão bom receber miminhos constantes, sorrisos, cumplicidades, cabeçadas e pisões também... Mas, por Dios! É que nem na casa de banho consigo estar sozinha. Assim que me sento (vocês sabem onde) vejo logo a porta a abrir-se e os olhões dela a espreitarem. Entra e depois....depois é a mesma conversa todo o santo dia e noite!
Deixo-vos com os nossos considerandos: 

«Mamã...mamã, mamã....mamã, mamã!»

«Mamã...mamã, mamã....mamã, mamã!»

«MAMÃÃÃÃ......»

«Mamã...mamã, mamã....mamã, mamã!»

«MAMÃÃÃÃ......»

«MAMÃÃÃÃ......»

«Mamã...mamã, mamã....mamã, mamã!»

«MAMÃÃÃÃ......»

«Mamã...mamã, mamã....mamã, mamã!»

«MAMÃÃÃÃ......»

«Mamã...mamã, mamã....mamã, mamã!»

«MAMÃÃÃÃ......»

«Mamã...mamã, mamã....mamã, mamã!»

«MAMÃÃÃÃ......»

«Mamã...mamã, mamã....mamã, mamã!»

«MAMÃÃÃÃ......»               To be continued...

Que boa moenga!

Cuidem-se!

PÁSCOA FELIZ!

P. S - 'Atão' e o 'Quo Vadis' pá? Não dá este ano na TV?
Isto nem sabe a Páscoa nem a coisa nenhuma! Sniffffffff

20200408_211337.jpg É que nem fechada em casa deixo de passar por situações confrangedoras. Por Dios! Pois que a presente quarentena 'obrigou-me' a ir buscar uma bicicleta estática para ver se transpiro o stress e a ansiedade resultantes deste cabrão deste confinamento.
Coloquei a minha nova amiga junto da varanda, bem perto das janelas. Até há bem pouco tempo pedalava ao som das músicas que mais me inspiram a dar ao canelo. Mas agora, o Alexandre Júnior, do Fitness Hut Amadora, começou a dar aulas on line. Ora, é completamente diferente estar em esforço de acordo com as batidas certas e com as músicas selecionadas para diferentes percursos e treinos. A intensidade é muito maior se estiver alguém a dar-me ordens: «sobe, desce, sobe, desce, aguenta, power climb, carrega, aperta, alivia...» (querem ver que tenho perfil de submissa?)

Bem, um destes dias, lá estava eu a pedalar como se não houvesse amanhã, com o som do telemóvel ligado a uma pequena coluna. Acontece que o Alexandre Júnior - quem o conhece percebe o que estou a dizer - tem uma voz característica. Mais: tem um assobio peculiar - sonoro, intenso, divertido, contagiante.

 

20200408_211420.jpgAcontece que, com a janela aberta e a música a bombar, cada vez que ele assobiava um grupo de rapazes da casa em frente olhava para cima, vislumbrando apenas a mim, toda transpirada e esgrouviada ainda que os assobios fossem do Alexandre Júnior!

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Logicamente riam, olhavam para a minha janela e cochichavam . De certeza que estariam a pensar: «Olha esta tarada! A pedalar e a galar-nos lá de cima. E nem se esconde, só assobia!»

Devia estar bem corada - do esforço e da barraca!
Fechei um pouco a janela e continuei  'a subir a montanha'. Era o que mais faltava - haver alguma coisa que me impedisse de suar o meu mau feitio por estar aqui fechada há semanas! Sim, estou insuportável, birrenta, impertinente, má de aturar, pessimista, fartinha desta m#$##da!!!!!!!!!!!

Por Dios!

Tal não é a moenga!
Cuidem-se!

PÁSCOA FELIZ!

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Isto está tudo ao contrário. Sexta-feira Santa? Páscoa? 'Atão' onde está o borrego dominical da Gertrudes (ela faz sempre outra coisa para eu comer que aquele animal...só o cheiro ressuscitava Jesus Cristo)! Por Dios!
Então mas e a gritaria dos putos sempre cheios de fome? Onde estão os quatro ou cinco ovos de chocolate gigantescos já que ninguém se lembra de oferecer mais nada? E o convívio familiar próprio da quadra?
Ai não temos direito a nada por causa do Covid? Então- nem o mísero folar passa da porta para dentro!
Também só o queria para comer o ovo cozido. Expliquem-me lá porque é que os ovos dos folares têm gosto diferente, e bem melhor, que os normais? Por estarem ali entranhados na massa há três quinze dias? Pelo verdete que alguns até já trazem? Seja o que for - o ovo cozido dos folares de Páscoa tem outro encanto. São muito mais saborosos e nada disto tem metade da graça. Sem emaranhanço, sem tradições! 
Ai- esperem-, vai dar o Ben Hur!
Estava eu aqui a dizer que esta Páscoa era fraquinha e fajuta. Que heresia! Há coisas que nunca mudam. Venham os Covid que vierem!

P. S. - O que se bebe de alcoolico na Páscoa?
Estou a perdê-lo!!!

.... Ora o quê....o CONTROLO!

Tal não é a moenga!

Cuidem-se!

PÁSCOA FELIZ

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Isto de estar longe da rotina está a mostrar-nos, efetivamente, o que de melhor tínhamos no nosso quotidiano e aquilo que, afinal, até se nos depara superflúo.
Está a mostrar-nos as pessoas que, realmente, nos fazem bem e aquelas que, sabemos, até simpatizam connosco mas, no final da equação, não se incluem na nossa matemática.
Ainda que seja péssima nas ciências exatas (confesso que não sei sequer a tabuada do 9), há frações de mim das quais sinto muita falta. E o João Pinto é uma delas. No todo, ele representa, vá, 1/9, ok um 1/8... mais 1/3 do que de bom tenho nas minhas semanas. Isto para dizer que gosto MESMO muito dele (sabem que também não sou grande mel com lamechices!).
É daqueles gajos que puxa a malta para cima, que só diz asneiras, que também nos diz o que tem a dizer nas fuças, seja bom ou mau, um desprendido (parece). Mas, quando nuvens cinzentas nos atazanam, o Pinto é dos primeiros a perceber que não estamos bem, conseguindo transmitir-nos mais força com aqueles pequeninos olhos azuis do que com os biceps que tanto trabalha e, ilusoriamente, insiste para que também nós consigamos inchar (dah).
Hoje é o seu aniversário. Era dia de paródia. Lá está confinado em casa com a sua Carol. E bem! Está feliz. Eu sei!
E partilho dessa felicidade. É o meu PT das quarta-feiras. É o meu elixir da juventude há mais de 20 anos. 
Até das suas coças tenho saudades. Dos nomes que me chama, do quanto me achincalha, do vernáculo com que fala comigo, das palmadas secas nas pernas (onde me apanha, aliás...) que chegam a deixar marca (parece uma pessoa que é vítima de violência...), das gargalhadas que me faz ecoar ficando todo o ginásio a olhar para nós (será que sou muito espalhafatosa?)

Parabéns amigo!!!!!
E poupa-te que dentro de pouco tempo vais ter muito trabalhinho (comigo não, que estou super forte e fit....ah, ah, ah!)

P: S - Hoje também faz anos a minha sogra. Parabéns D. Elisabete. Uma santa senhora cujas emoções pouco esbanja. Sorri ao de leve quando feliz, sofre calada para não preocupar ninguém. Se bem que- dizem-, sogra é sempre a primeira. Uai!!!!!! 
Sendo assim, por sogra continuaria a ter uma senhora igualzinha à Glenn Close que, em tempos (parece noutra vida), insistia para que lhe desse uma neta cujo nome seria ( e escolhia ela, estava-se mesmo ver...), Maria Domingas!!!!!!
Há cenas na vida...Por Dios!

Tal não é a moenga!

Cuidem-se!