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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Ora cá está um exemplo de como a minha Gertrudes me daria um calduço, mesmo com 41 anos! Só dou barraca. Estes dias natalícios inspiram-nos às compras e não há como fugir a uma saltada à FNAC (passo a publicidade que não ganho nada com isso, infelizmente).
Lá gastei mais do que devia, naturalmente, paguei, e, como estava com tempo, fiquei na fila para embrulhar, até porque o trabalho era feito por voluntários revertendo os extras para beneficência. Acontece que a minha palmilha estava a aleijar-me na bota. Já vos contei que tenho uma perna mais comprida que outra e preciso de equilibrar o meu lado esquerdo para não ficar toda desasada (precisava de muito mais para me equilibrar mas enfim). Tirei a bota para ajeitar a dita palmilha mas o sapato caiu-me da mão e não tive como esconder o buracão que tinha na meia. E quanto mais depressa mais devagar, quanto mais rápido queria voltar a calçar-me, mais depressa me caíam os sacos de compras dos braços, mais me desiquilibrava do pé coxinho....Quando me recompus, a fila para embrulhos tinha duplicado. Houve quem reparasse no meu desmazelo e me fizesse aquele sorrisinho malandro de quem estaria a pensar...«já compravas umas meiucas».
Como se não recebesse no Natal...Bah!

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Tenho cá um tato....Quando Deus Nosso Senhor distribuiu a sensibilidade devia ter ido à casa de banho...outra vez! Ontem à noite voltei a viver noite bem emocionante. Foi o sarau de Natal da coletividade da qual sou vice-presidente - a tal de nome curtinho e fácil de memorizar, o Centro Desportivo Cultural e Recreativos dos Moinhos da Funcheira.
A minha Piqui esteve tão bem!!!!!! Go Piquiiiiiiiiiii!
Bem, voltei a apresentar o espetáculo das minhas meninas e mais valia que ali estivesse sempre a mandar as minhas bordoadas, em vez de estar nos bastidores a desestabilizar. Além de não ter jeitinho nenhum para maquilhar as crianças, muito menos para pentea-las, muito menos para vender ingressos e fazer trocos, ali fiquei a tirar fotos.
Uma pequenina - linda, olhos verdes, cabelos loiros aos cachos - estreava-se em saraus.
A mãe, preocupada, dirigiu-se a mim (!!!!). «Se ela ficar nervosa dê-lhe água.»
«Fique descansada. Qualquer coisa chamamo-la logo da bancada.»
«Não, acho que ela fica ainda mais desconcentrada se me vir. Dê-lhe água!»
Combinado. Mas a miúda estava mais do que satisfeita. Qual nervoso, qual quê.
Ali andava, atrás das outras, feliz, feliz... Quis meter-me com ela: «Então Laurinha, valente! Aí estás tu, só de maiô, nem tens frio nas pernas!»
Grande tirada. A miúda, que estava tão bem, larga-se num berreiro, num pânico.... e eu só pensava: água, água.
Então, mas que foi? Lá se percebeu no meio do pranto, enquanto bebia as lágrimas, a razão do desespero... é que todas tinham meias por baixo do maiô e só ela estava diferente, sem meias. Lá a Susana Batista (presidente também é para estas coisas) pegou na miúda ao colo, lá a acalmou.... e eu saí de fininho, claro, depois de espetar uma carga de nervos na criança. Mas sabem que mais? Portou-se como uma senhorita. A Laurinha e todas as nossas ginastas! 

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Sempre gostei de bonecas! A minha Caetana gosta mas nunca se entreteve muito com elas. Só agora, com 8 anos, é que a vejo andar de volta das misses, a pentear-lhes (vulgo estragar-lhes) os cabelos. Cá eu brinquei com bonecas, confesso, até aos 18 anos! Já namorava e ainda passava tardes inteiras a inventar conversas com elas.
O rapaz, Nuno de seu nome, tocava-me à porta e eu pensava: «raios já aí está! Vem sempre mais cedo que o combinado, porra!» E jogava as bonecas para baixo do sofá para que não percebesse o que estava a fazer. Foi mesmo! Até aos 18 anos! Depois comecei a brincar com bonecos...Ah, ah, ah, mentira, que sempre fui uma songa monga do pior! Mas gosto de ver a Caetana a desgadelhar aqueles pedaços de plástico que me custaram os olhos da cara, já todas sarrafiadas, a desafiar a imaginação e a viver fantasias que gostava que lhe acontecessem a ela. «Estás com um vestido muito comprido! Vou vestir-te só um calções curtos e um top...», dizia ela a uma princesa da Disney.
Vou mas é eu brincar de novo com as bonecas e dar-lhe a ela uns livrinhos de ciência!

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C'um catano! Domingo de manhã...«A ver se descansamos um bocadinho!»
Mói-te! É cá um concerto! O sino toca, abruptamente, às 8.50 horas! Como se fosse realizar-se algum casamento real! Às dez para as nove da manhã! Porquê às dez para as nove? Podia ser às 10 ou 11 horas, não são as horas da missa? Porquê dez minutos antes das nove da manhã do dia de descanso, por Dios??? E depois de umas trezentas badaladas cala-se. Quando se começa a gozar de novo o silêncio, vêm de lá só mais três 'sinadas'! PORQUÊ? 
Resultado: começa o galo a 'desgoelar-se', cães a ladrar e pássaros a chilrear. Mas como é que aqueles seres tão pequeninos, tão frágeis que dão vontade de meter no forno em molho de tomate, fazem um chinfrim daqueles? A natureza está muito bem feita, mas tem lá as suas imperfeições!
Alguém me alberga no próximo sábado à noite? Ou alguém guardou uma fisga dos tempos de mocidade? No meu caso talvez seja melhor uma daquelas catapultas dos tempos medievais para com uma bolada acabar com uns quantos! 
Vou ouvir música natalícia a ver se me apaixono pelos bichinhos!

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Eu já sou baralhada das ideias e a malta também não me ajuda. Estamos a chegar ao Natal ou é Halloween outra vez? Eis o cagaço que apanhei uma destas manhãs no Allegro, em Alfragide. Entrei no Shopping, vinha com sacos e decidi ir pô-los ao carro para não ter de andar de cú para o ar a apanhar tralha...outra vez (sim que já tinha acontecido). Vinha cá na minha vida e sempre tive a mania/ tique/hábito de falar sozinha e andar depressa a olhar para os pés (tal e qual a minha Gertrudes!). O estacionamento estava escuro, voltei a fechar o carro e deparou-se-me este cenário no veículo ao lado (ver foto). Mandei um berrinho daqueles à croma, fiquei a olhar mas só estava eu e a máscara assustadora.
Dei voltas ao carro, espreitei lá para dentro, constatei que era apenas uma fantasia (que não acredito em bruxas mas que as há..há)... Nos vidros perto da entrada das escadas rolantes há um barbeiro. Se os clientes viram o meu espetáculo já posso ficar feliz de ter feito gargalhar alguém.