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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Hoje saí à rua e havia motos por todo o lado! Veículo que nunca me atraiu dado o meu inato desiquílibrio (nem de bicicleta normal sei andar, como já vos contei, quanto mais motos). E logo me desatei a rir ao lembrar-me dos tempos de estudante na Universidade do Algarve. Morava lá com a minha irmã Isabelinha que, coitada, teve de aturar-me tipo sombra desde que Deus nosso Senhor a presenteou com a minha existência. 

Tempos em que eu era uma valente monga, para não dizer um termo mais borjeço que começa com en.....e acaba em nada!

Mas a minha Zabelinha era valente do alto do seu 1,50m. 'Atão' que um belo domingo lá chegamos a Faro de expresso para começar nova semana de estudo. Mas naquele fim de semana havia o desfile de final da concentração motard em Faro, aquele enorme 'happening' onde se vê de tudo.
Vínhamos nós com as malas à rojo, a tentar furar pelo meio de centenas de malta em êxtase, quando um colchão - entenda-se um gigantesco homem, de proeminente barriga e barba até ao peito-, decidiu 'brincar' connosco e meter-se à nossa frente para não nos deixar passar. Eu, monga, fiquei logo a tremer.

Salta a boa da Zabelinha lá de trás, deixa os sacos no chão, encara o individuo, dá um saltinho (que ele era grande) e ainda lhe dá uma sacudidela (já não me lembro se foi um empurrão ou se chegou a dar-lhe um supapo). E o gajo riu-se, pois claro!

O homem lá saiu da frente deixando-nos seguir, comigo a rir que nem uma perdida, ela irritada (e quando lhe chega a mostarda ao nariz ai de quem se meta com o frasquinho de veneno como lhe chamava o meu pai) a dar-me na cabeça por ser tão apagadita (já fui mesmo monguinha, já!)