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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Calm is a superpower que eu, definitivamente, não tenho! 
Há sete meses e meio suspendi estas minhas baboseiras - sabem que neste blog não se aprende nada , só vos ajuda a sentirem-se melhor depois de perceberem que há quem seja mais tresloucado que vocês (eu) - , já que, ao abraçar novo projeto profissional, tive de enfatizar o meu lado de senhora responsável, profissional, séria.  Ora, tal não combinava com as histórias estapafúrdias  (mas sempre verdadeiras) que aqui confidenciava.
Porém, agora que já tive de tapar o espelho que nem consigo olhar mais para a minha própria trombeta- e porque desconfio que vá demorar um belo tempo até poder 'vestir' de novo a minha faceta executiva-, volto a desempoeirar o cérebro por aqui - já que não posso dar muito à língua ou desconfio que me atiram do 3.ª andar abaixo.

Por Dios - só passaram poucos dias e isto já começa a descambar!
Para mais a minha casa não é grande. Aliás, nunca vivi com muito espaço (sempre tive medo do meu desarranjado sentido de orientação). Mas isto de ter poucos metros para dar à perna revelou-se problema a resolver assim que este bicho, de seu nome Covid, deixar de ser mais famoso que eu [ah ah ah]!
Eu sei onde estão as ombreiras das portas mas não há dia que não esbarre nelas. As nódoas negras são o de menos. Já parti chávenas de café - vá lá que são daquelas oferecidas pelas marcas ( imaginem que gostava de Limoges!); já entornei um copo de água em cima da mesa cheia de livros e computadores!
Já me deu para fazer máquinas e máquinas de roupa, lavar lençóis e bonecos sem destino o que ainda me comunicou mais com os nervos, ficando ainda mais triste com a condição para a qual não nasci. Sabem bem que ser prendada é atributo que não me assiste (como dizia outro!)

Estou  a ficar, muito, mesmo muito impertinente! Pior, não posso melgar a toda a hora, como sempre foi meu hábito, todos quantos me moram no coração (aish...que já está a dar-me para a lamechice, o que é gravíssimo!)

E agora esta ventaneira, pá?

Nunca a minha expressão alentejana favorita fez tanto sentido: tal não é a moenga!
Cuidem-se!
Eu...  não respondo por mim!

P.S - As futilidades ajudam a aligeirar situações de extrema seriedade.
Todos devemos estar seriamente preocupados.