Prossiguemos com as histórias da minha Caetana que fala pelos cotovelos o que deve, o que não deve e o que inventa.
Agora é já uma crescida da segunda classe mas, na pré-primária, as respostas da minha mini me deixavam-me sempre corada.
Chegou o Dia dos Namorados. Pediram-lhes para fazer desenhos para posterior exposição no corredor e que falassem dos pais ou de um casal de que gostassem. Caetana quis falar dos pais.
Pois que quando cheguei à bela exposição, vejo uns lindos rabiscos em forma de coração com a distinta frase:
«Os meus pais são namorados. Às vezes dão beijinhos. Sobretudo à noite. É quando os oiço!»
Ó Caetana, até parece. «É verdade!», insistia ela, deixando-me cada vez mais encavacada. Na ideia dela o pai dá beijinhos à mãe à noite que é quando, de facto, ela o vê por casa. Mas ouvir-nos??? Onde foste tirar isso Piqui (como lhe chamo desde bebé)?
«Sei lá, inventei!».
Quem diz a verdade não merece castigo. Porra!