Cá ando eu ainda no reconhecimento da minha nova residência e arredores que são deveras....místicos! Depois do estropício do galo, do sino (ainda hoje foi um fartote de manhã), da vizinha que ouve aquela música tão badalada do - «eu 'tou' bem, tu também 'tás bem...», nem sei o prodígio da sua autoria - ontem, dia dantesco de chuva, descobri mais uma relíquia. Costumo vir para casa por uns atalhos de A da Beja, estrada turtuosa, ladeada de muros de pedras e de casas cada uma de sua nação, à antiga portuguesa.
Pois que chovia a potes, Caetana dormia lá atrás no carro, estava escuro como breu e eu vinha entregue aos meus perspicazes pensamentos quando tocou o telefone. Conscienciosamente, como é meu apanágio, encostei defronte de um portão. Vi que não ia atender e qual não foi o meu espanto quando levanto a cabeça e até se me deu um arrepio na espinha com o grifo/águia que decora a entrada da dita moradia. Cristo, my lord! Por Dios! Misericórdia! Que é aquilo? Susto dum raio. Que faz ali aquilo? Imagino os despistes que ali já não se deram à pala daquele bom gosto!
P. S- Escrevo às 12. 24 h e o cabrão do galo ainda está a cantar!