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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Feliz dia da Criança a todos: aos vossos filhos, amigos, sobrinhos... e a vocês próprios. É que, como sempre se costuma dizer, devemos manter em idade adulta a criança que há em todos nós. Esta frase deixou-me apreensiva. E a refletir. O que ainda conservo eu da criança - monga e parva, é certo- que outrora fui?
Há anos que não toco nas campainhas e fujo - aquela brincadeirinha mesmo estúpida, que só servia para incomodar mas que me divertia à brava. Tenho de recuperar essa prática, está visto!
Já não como doces, nem algodão doce, nem churros ou malacuecos - coisas típicas dos putos, certo?
Irrita-me já, sobremaneira, quando meto os pés em poças e fico toda enlameada - algo muito comum nas crianças é porem os pés, precisamente, no meio do lodo, verdade?
Outra coisa da qual perdi a prática e já não faço há muito - e que me remete logo para a minha infância - não, não é comer pão de quilo à dentada-, é cantar! Cantar, sozinha, na rua, marimbando-me para quem assistia à minha triste figura.
Resumindo e baralhando: estou uma velha, chata, aborrecida - uma 'ganda' nóia.
Catano - fiquei triste. Quero voltar a ser a criancinha irritante que punha a minha irmã Isabelinha em nervos (verdade manucha - ontem foi dias dos irmãos - sabes que és, e sempre foste, a minha mana preferida? O meu porto de abrigo? A minha fé em forma de pessoa?). 
Sendo assim - está decidido - vou voltar a cuspir para a cabeça das pessoas de cima da varanda! Era o meu passatempo preferido em Beja. Ups!

Tal não é a moenga...

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