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Por Dios...
Há dois dias fui ter com a minha parceira Filipa Reis ao jornal A BOLA. Sinto falta daquela gente que sempre teve paciência para aturar as minhas pachouvadas. Foi quando ela me sugeriu que contasse mais uma das minhas calinadas nas longas, longas horas que têm 18 anos de lidação diária.
Na Travessa da Queimada, em pleno coração do Bairro Alto, ainda hoje existe uma mercearia na esquina. Na nossa altura de moças novas o estabelecimento pertencia ao senhor António. Éramos clientes assíduas, sobretudo para as belas das garrafas de água. Até que a mercearia fechou para obras. Assim que reabriu lá fui eu e a bela da Filipa. Eu, como muitas vezes não consigo pensar antes de falar, comecei com a minha inata simpatia. «Isto ficou muito engraçado. Está bonito, muito melhor... »
«Sim, pintamos, mudamos prateleiras, fizemos algumas transformações...»
«Bem, senhor António, de tudo o mais espetacular é o teto. Ficou bem giro, com esta madeira antiga trabalhada...»
Diz o senhor António: «Pois, o teto foi a única coisa que não mexi!»
A Filipa largou-se logo a rir e deixou-me lá, sem buraco, nem teto, onde me esconder.