Isto, as mamãs, dão com cada barraca...Só babanço. Eu confesso - a cada sarau ou exibição das miúdas dos meus Moinhos onde está a minha Caetana...choro! Adoro vê-las naquela coreografia da acrobática; arrepio-me de ver a minha pequena volante firmar-se no cimo das colegas, bem...é uma vergonha. Um despautério! No último sábado fomos aplaudi-las a Almoçageme, a um festival gímnico. Dia em que o Benfica foi campeão. Na bancada, sentei-me ao lado de um senhor que quase nunca largou o telemóvel para acompanhar a festa encarnada. Ora, aqui a bela da Elsa Marina, quando chegou a vez das minhas Funchos, pois que não se controlou: «Go Piquiiiiiiii», «Lindas!», «Espetáculo»....e palmas e mais palmas... Uma berraria, uma euforia, um histerismo que quando dei por mim, além de estar ao quase ao colo do homem - já que queria gravar a minha Caetana que se exibia na ponta do pavilhão oposta ao local de onde estava-, tanto lhe gritei aos ouvidos que o 'amigo' só não se foi embora dali por vergonha, ou porque toda a bancada teria de levantar-se para ele sair. Quando caí em mim...«Ai , desculpe lá o histerismo. Sabe como é a emoção...» Nem um sorriso, nem um «deixe lá, não faz mal». Sabem quando alguém olha para vocês com cara de quem vos quer puxar fogo? Ups! Tal não é a moenga...
Convenhamos. O que não é de acordo com a nossa natureza, não é de acordo com a nossa natureza. Dei agora para fazer unhas de gel. Afinal, sou uma mãe de família e as mãos dizem muito de uma pessoa, certo? Pois que gostei do sainete da cena, mas o gel, em mim, não agarra. Durava três semanas... O caraças! Passado uma semana caiu-me logo uma unha. Voltei lá. «As suas unhas são muito gordurosas!», justificaram-me. Faltava cá mais essa preocupação com o meu nível de viscosidade, catano. Uma e outra vez. Olhava para as mãos e lá faltava mais outra unha. Fui beber café ao Spaccio Shopping (onde me apresento vezes sem conta). Estava eu ao balcão, quando um rapaz, até de boa aparência, me interpelou: «Olha, desculpa, esta unha é tua? Estava aqui perto do pacote de açúcar...» Fiquei encavacada. Não é que seja grande coisa mas fiquei corada. O moço devia pensar que eram daquelas que se colam, digo. «Ai, é minha é...que figura. Desculpe», lamentei-me. «E o açúcar também é seu...». «Não, não, só quero a unha!» Então não podia ter ficado calada....
Perdoa-me Pai porque pequei! Rir do mal dos outros não é bonito, pois não? Fui ao aniversário da minha sobrinha do coração e eis senão quando, no restaurante, se me depara uma rapariga, na mesa de frente, que, evidentemente, estaria a estrear uma camisa. Ela até tinha cabelos longos mas não chegavam para esconder a gigantesca etiqueta. Ri-me. Porque sei, perfeitamente, que era coisa para me acontecer a mim- aliás, já aconteceu várias vezes. Olhei melhor. É que a moça tinha ido aos saldos. Custava 9.90 e acabou por comprar a camisa por 5 euros. Ficamos ali todos sem saber se lhe davamos o toque ou não. Foi depois o marido que a chamou a atenção. Que fiz eu? Olhei para mim - é que não seria de pasmar ter vestido a camisola ao contrário, ter nódoas visíveis ou qualquer outro 'encono' (como se diz em Gertrudês). Capaz era eu de ir feita calhandrona para a rua (também é Gertrudês - parece que estou a ouvir a minha santa mãe : ai Noca, tu contas tudo na Internet para quêemmm?»