Calm is a superpower que eu, definitivamente, não tenho! Há sete meses e meio suspendi estas minhas baboseiras - sabem que neste blog não se aprende nada , só vos ajuda a sentirem-se melhor depois de perceberem que há quem seja mais tresloucado que vocês (eu) - , já que, ao abraçar novo projeto profissional, tive de enfatizar o meu lado de senhora responsável, profissional, séria. Ora, tal não combinava com as histórias estapafúrdias (mas sempre verdadeiras) que aqui confidenciava. Porém, agora que já tive de tapar o espelho que nem consigo olhar mais para a minha própria trombeta- e porque desconfio que vá demorar um belo tempo até poder 'vestir' de novo a minha faceta executiva-, volto a desempoeirar o cérebro por aqui - já que não posso dar muito à língua ou desconfio que me atiram do 3.ª andar abaixo.
Por Dios - só passaram poucos dias e isto já começa a descambar! Para mais a minha casa não é grande. Aliás, nunca vivi com muito espaço (sempre tive medo do meu desarranjado sentido de orientação). Mas isto de ter poucos metros para dar à perna revelou-se problema a resolver assim que este bicho, de seu nome Covid, deixar de ser mais famoso que eu [ah ah ah]! Eu sei onde estão as ombreiras das portas mas não há dia que não esbarre nelas. As nódoas negras são o de menos. Já parti chávenas de café - vá lá que são daquelas oferecidas pelas marcas ( imaginem que gostava de Limoges!); já entornei um copo de água em cima da mesa cheia de livros e computadores! Já me deu para fazer máquinas e máquinas de roupa, lavar lençóis e bonecos sem destino o que ainda me comunicou mais com os nervos, ficando ainda mais triste com a condição para a qual não nasci. Sabem bem que ser prendada é atributo que não me assiste (como dizia outro!)
Estou a ficar, muito, mesmo muito impertinente! Pior, não posso melgar a toda a hora, como sempre foi meu hábito, todos quantos me moram no coração (aish...que já está a dar-me para a lamechice, o que é gravíssimo!)
E agora esta ventaneira, pá?
Nunca a minha expressão alentejana favorita fez tanto sentido: tal não é a moenga! Cuidem-se! Eu... não respondo por mim!
P.S - As futilidades ajudam a aligeirar situações de extrema seriedade. Todos devemos estar seriamente preocupados.
As redes sociais foram uma invenção do catano! Incrível como tornam o mundo numa ervilha! Tem-se o contacto de toda a gente. Top! Também têm grandes desvantagens, como potenciar-nos uma bela duma depressão. Fico tão feliz quando me falam das minhas histórias aqui no blog, que dizem ler... Pois, quero mimo. Até fiz uma página de Facebook - Bichanando- onde todos os dias publico o link da minha história do dia. Vem agora o Facebook dizer-me que só - SÓ- tenho uma maior fã dessa página. Uma... Também vale por muitas - grande Célia Nunes - Deus te arrebente com saúde! Obrigada por seres quem és e por continuares a aturar as minhas pachovadas no mundo digital. Mas o estropício do Facebook não deve estar a fazer bem as contas. A Suzana Santos partilha todos os dias os meus devaneios, o Zé Luís lê sempre - os meus pais, irmã, cunhado,....certo? Lêem não lêem? Pai Bicho? Mãe Gertrudes? Mana Zabelinha? Pinto? Nélia? Susana Freitas? Sniff... Peguei na pirralha cá de casa: «Caetana, anda cá para o computador!» «Sério? Posso jogar?» «Não, anda cá ler o meu blog que a professora disse para trabalhares nas férias!» «Ó mãeeeeeeeeeee......» Tal não é a moenga...
Já vos contei das minhas mil batidas no parque de estacionamento de Linda a Velha, da minha dificuldade em sequer saber de que terra sou , tal o meu despiste de neurónios. Graças a Deus encontro sempre malta conhecida que me ampara os golpes e, nesse parque, há um rapaz, funcionário da casa, que me conhece de outros futebóis. Saio eu toda lampeira... - Elsa, vais para o carro? Está do outro lado - vais na direção errada! -Ups! É o hábito - se mudo o carro de sítio, depois nunca mais sei onde o largo. No dia seguinte. Saio eu toda lampeira... -Ó Elsa, vais para o carro? Está na outra ponta do parque. Vais na direção errada.. Tão despistada, tão alvoreada, Cristo my Lord. Diz-me o rapaz: - Olha, já tens mais 'uma' para o Bichanando! Confirma-se. Cá está! Bejos e obrigada!
Tal não é a moenga...
Olha, olha mas que bela surpresa! Bem, pensando bem, faz todo o sentido (cá estou eu, como o meu pai, a comentar primeiro antes de revelar ao que me estou a referir). Todos os meses o Sapo manda-me o relatório da atividade do meu Bichanando- página que poderiam partilhar e recomendar mais mas até percebo que tenham algum receio de assumir lerem alguém tão desconjuntado como eu-, e eis que nas últimas estatísticas depara-se-me a revelação: há mais homens a ler este blog que mulheres! Achei estranho mas como digo, pensando bem, está certo, faz sentido! E fico feliz de poder contribuir para os vossos casamentos/relacionamentos saudáveis. É que a homenzarrada lê por aqui o quanto sou destrambelhada e pensa: «porra ainda eu digo mal da minha!». E chegam a casa valorizando quem lhes aquece os pés. Acho que posso continuar a viver com isso! Bem hajam - todos!
Tal não é a moenga...
...no ginecologista! (achavam o quê?) Uma miúda faz-se mulher e chegam os embaraços. Fui com a mãe Gertrudes à minha primeira consulta quando comecei a ganhar corpo. E ela entrou comigo no consultório. O que até nem me parece bem, já que as miúdas ficam menos à vontade (ou não). Também não interessa. Importa, sim, aqui para a minha história, que nasci com uma luxação congénita da anca (uma cena foleira no femur que me obrigou a usar um aparelho de ferro em bebé). Para corrigir a má formação tiveram de abrir-me os ossinhos qual rã pronta a entrar no tacho do molho de tomate. Ou seja, fiquei sem hímen muito pequenina. Ora, quando me esparramei diante da médica, comentário da dita cuja: «está tudo bem, para quem já não é tão virgem quanto tudo isso!» Estropícia! Ainda me lembro do olhar da Gertrudes.