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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Irra, que eu sou mesmo do contra! Tenho sempre de pensar no efeito contrário se quero alguma coisa. Isto cansa! É trabalhoso, pensam o quê? Um calvário...
Por estes dias, a Fructis colocou nos Fitness Hut cremes de pentear para experimentarmos! Boa ideia! Toda a gente lá vai cuscar.
Estava eu a querer domar as minhas farripas, que são meio encaracoladas, meio lisas, todas nhónhos e decidi aceitar a borla. Tanto escolhi que fui logo aplicar o produto que menos me servia: os cabelos lisos. Mas olhem que não desgostei do efeito, apesar de ficar meio lambida. No dia seguinte lembrei-me de olhar bem para os rótulos: pus o produto próprio para caracóis. Pois - os meus não se adaptam ao que é normal! Ficaram meio esfarelados - só encaracolados em baixo (isto soa mal!....), agarradinhos à cabeça, parecendo uma borrega já sem lã para mudar.
Este é só mais um exemplo que, quando o assunto sou eu, nada é convencional!
Nem uma porra dum produto de beleza. E logo me lembro do meu querido pai quando, em adolescente, corria para ver-me num gigantesco espelho que ainda hoje tem na porta da casa de banho da loja - Louça dos Compadres (Beja):
«Para que é isso - há coisas que não têm remédio!», confortava-me. 
Tal não é a moenga...

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 Passaram-se meses na Suécia. Ao contrário de quando lá cheguei, os últimos tempos em Sundsvall foram sempre de sol. Nunca chegava a ser noite. Apenas lusco fusco. Para estudar, em tempo de exames, não era lá muito bom... Mas voltemos às rambóias! A alegria dos suecos quando chega o dia em que não há noite é tanta que costumam ir para a floresta gritar. Pensei: aqui é tudo janado! Mas não é que aquilo sabe bem? Superlibertador. Comecei a ouvi-los a puxar pelos pulmões, aquilo fazia eco, e olhem...era cá uma desgarrada! Soltei também a minha tensão acumulada e enrouqueci como se não houvesse amanhã.

Prática dois: qual o pitéu do dia da libertação? O chamado ...- já não me lembro o nome daquilo em sueco - sei que é peixe que fica enterrado na terra de um ano para o outro. Podre, portanto.

Fiquei a olhar para eles a comer aquilo, deitava cá um cheirinho...acho que até provei, já não me lembro. Conversa para cá, conversa para lá e lá disse que sentia saudades de um belo prato de caracoís.
«Caracóis, caracoís? Daqueles da rua???», perguntavam-me atónitos. «Sim, esses, gordos, caracoletas também...» Ficaram tão enojados que nunca mais conseguiram olhar-me da mesma maneira. Ora, porra, eles comem peixe podre....