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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Epá, perdoem-me o babanço mas tenho de contar-vos a história de amor da minha Caetana. Bem, neste caso - e graças a Deus ao contrário da mãe- é ela a recetora de intenso amor que não consegue corresponder.
Trata-se do marau da escola - aquele puto desgadelhado que bate em todos, que chama nomes a toda a gente, que está sempre no gabinete da coordenadora, que avia de cebolada quem lhe aparece à frente.
Imaginemos o nome fictício de Zé Pedro. Pois que o belo do Zé Pedro, apesar da sua rebeldia e mau comportamento, tem uma paixão assolapada pela minha Piqui. Até a mim já pediu autorização para a namorar. Ela foge dele como o diabo da cruz.
«Dá-me beijos nas bochechas à força!», queixa-se.
Ontem veio mostrar-me a linda carta de amor escrita pelo Dom Juan de oito anos: «Caetana, descolpa! Amute
Lindo! Fiquei derretida.
«Ó Caetana», disse-lhe eu. «Tão querido. Primeiro, tens de ensina-lo a escrever sem erros. Depois, posso guardar o bilhete? É que eu nunca recebi estas coisas. Talvez por ser o prototipo real do boneco da Michelin quando miúda, ou por ter óculos fundos de garrafa. Ou só por ser parva que nem uma chapa de zinco!»
A minha brutinha de 30 kg rasgou logo a bela da declaração!
Mas continuo na minha- coisa 'mai' linda!
Tal não é a moenga... Como estará o pobre coraçãozinho do galanteador morenaço de menos de um metro mas de gigante atitude e bravura?

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