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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Epá, digam-me que não é só na minha casa que estes seres que não servem para coisa alguma existem tipo formigas...São aqueles bichinhos que saem debaixo dos móveis, que se reproduzem tipo cogumelos e que aparecem aos moitões nos cantos das paredes. Para mais têm uns bigodes enormes à frente. Não sei se aparecem com o frio, com o calor, com a proximidade de campo - sei que tenho uns quantos na minha residência e, se bem que até os pise sem querer (faz de conta), eles continuam a ser cada vez mais.
Houve um destes cab%87$%s que me tirou do sério. Estava eu sentada na casa de banho, se é que me faço entender. Apareceu-me o estupor do bicho. E esticava o pé para lhe dar cabo do canelo. O bicho escondia-se. Mostrava o bigode. E eu pumba! Crash! E ele escondia-se debaixo do móvel do lavatório. E eu enfiava o chinelo por baixo para o esmagar. E ele aparecia do outro lado do móvel. Até punha a cabecinha de fora e voltava a fugir como se estivesse a gozar comigo. Até que me irritei. E até me esqueci do que, realmente, estava a fazer na casa de banho. Decidida a manda-lo desta para melhor - o universo lembrou-me que todos os seres são filhos de Deus. Mandei uma trancada com o dedinho do pé no estupor do móvel... Vi estrelas, navios, foguetes, tudo....Lágrimas vieram-me aos olhos. Bem, marimbei-me no bicho do qual nem sei o nome e deixei-o ganhar a guerra. Até por que se escondeu. Quando voltei à casa de banho já estava o estupor mesmo no meio do chão branco. Como se estivesse à minha espera. Como se estivesse a tourear-me...
Até estou envergonhada!

Tal não é a moenga...

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Há dias tive de ficar confinada a casa já que a minha Caetana quebrou com febre (coisa que poucas vezes com a graça de Deus). Estava tão chochinha que até a professora elogiou o quanto estivera sossegada na escola...
E lembrei-me de quando eu, moça pequena, tinha febrões monumentais. Aliás, fase houve em que tinha anginas de 15 em 15 dias. As enfermeiras do hospital já me conheciam. Levei tanta penicilina que uma vez até me vinha embora ainda com a seringa espetada na roliça bunda. Incrível como a memória grava cada coisa...Lembro-me perfeitamente de uma vez ter delirado com 41 graus.
A minha mãe estava sentada no sofá da sala a coser (como sempre, desgraçada) e eu gritava. E ela ria-se... «Mãe, mãe o armário vai cair-me em cima». «Ai, ai, segura-o mãe».
«Cala-te Noca, não vês que é da febre!», dizia-me a Gertrudes entre a natural preocupação de mãe e o bem maior receio que os meus gritos incomodassem os vizinhos. A verdade é que delirar com febre deve ser parecido a fumar cenas... (digo eu que nunca estive para aí virada). Mas isso deve passar mais rápido e apenas com um Gorosan, não?

Tal não é a moenga!