Se já me soava a campo a zona para onde vim residir há alguns meses, devido ao esgoelado do galo que canta toda a madrugada, manhã e fim do dia (até estou desconfiada que devem ser vários - é impossível que só um energúmeno faça todo aquele cagaçal), agora, para mal dos meus pecados, há um...cuco! Cristo! Por Dios! Que sinfonia. Nem queria acreditar. Mandei calar a Caetana: «Xiu - isto não é de galo!» Pois não! É mesmo um cuco que também é forte de pulmões. Ó recital dum raio. Não sei se é um cuco-rabilongo, um cuco-canoro ou de qualquer outra espécie mais badameca. Sei que é um bocado repetitivo, criatura irritante e monocórdica que nem me deixa ouvir os meus próprios pensamentos. Ou será que sou eu que também não penso muito? Raios...
Tal não é a moenga...
Isto do novo mundo digital é assustadoramente fascinante e assustadoramente assustador. C'um caraças. 'Atão' que a Google Maps manda-nos os relatórios dos sítios por onde andamos nos últimos tempos. Primeiro recorda-me o quanto sou tacanha já que as minhas cidades não variam entre Odivelas, Amadora e Linda a Velha. Depois informa-me que passei 32 horas dentro de um veículo no último mês, avivando-me a ideia que ando a desperdiçar a mocidade. Por fim a boa nova: informa-me que faltam 54 164 174 quilómetros para chegar a Marte. Graças a Deus. Pensava eu que era marciana na terra mas com esta lonjura... Mas fiquei desiludida, confesso! É que com tanto dado factual, estava à espera que me desse conta das horas que passo no WC. É só o que falta, certo? Vá digam lá: quem não leva o telemóvel para a casa de banho?