É certo e sabido que o c#$#$# do Covid veio dar cabo do realejo, como se diz em bom alentejano. A economia vai ressentir-se; isto já estava mau e vai ficar bem pior. Eu cá continuo, fechada em casa na companhia da minha Caetana que se tem revelado ótima sucessora do ministro Mário Centeno (que até se fala poder sair). Verdade seja dita: a miúda gosta de trabalhar ( a quem terá saído?). Quieta é que não aguenta estar (a quem terá saído?). Tem os chamados bichos escarapinteiros no corpo (faz sentido...) Pois que a moça autoencarregou-se de sempre ser ela a tirar cafés. E se eu bebo cafés! Pensava eu que estar em casa era boa oportunidade para reduzir o consumo mas, afinal, tem sido o contrário : mas, depois, também penso - o comendador Nabeiro, um SENHOR, altruísta como ele só, benemérito em todas as situações, um coração do tamanho de todos os Alentejos do Universo, merece que a sua DELTA seja a marca das marcas para que também ele continue a ajudar quem precisa. Vai daí que bebo cafés e descafeinados como se não houvesse amanhã (pelos vistos já esteve mais longe de acontecer).
O que eu não estava à espera era que a minha 'Salazar' (salvo seja) visse nisto oportunidade de negócio. Larguei-me a rir quando chegou ao pé de mim exigindo que cada café tirado e trazido à mesa valesse um euro para o seu 'minalheiro', como antes dizia. Está bem feito, sim senhora. O governo não nos diz para ver nesta grande adversidade, boas oportunidades? Pior: nem se preocupa quando lhe digo: «filha, sabes que a mãe não está a trabalhar»! E ela com isso. Por Dios! Tal não é a moenga!
Cuidem-se!
Ó com um catano! Seria mesmo partida de Carnaval? Tive receio de estar para aí a ser filmada ou coisa que o valha e agora fiquei a pensar... Acreditam que ia eu na rua, na minha vidinha, a falar sozinha (como sempre - dizem que é característica de pessoas de fértil imaginação), sempre a olhar para os pés (mania mais parva) quando me lembrei que tinha de levantar dinheiro para pagar porras que, parecendo que não, já estamos em março. Eis senão quando, no chão, estavam notas - como a foto documenta. Aquilo devia ser partida de Carnaval. Até porque o banco em questão tem vidros espelhados e lá atrás escondidinha, devia estar muito boa gente a gozar o prato. Eu tirei a foto, ri-me e segui. Um velhote atrás de mim praguejava: «Tanta nota e ninguém as apanha!» Cá me parece que a brincadeira não deve ter tido grande sucesso. Seriam mesmo notas e eu deixei de ir passar um belo fim de semana... no Seixal?! Sim, que a fortuna também não dava para muito mais! Vou lá passar outra vez....Estava embrenhada nestes pensamentos quando olhei com mais atenção - não há notas de 11, 23, 56 ou 108 euros pois não? Mas foi bem esgalhado!
Tal não é a moenga...
Já vos aconteceu pensarem que têm a carteira recheada e quando vão ver não têm um chavelho? A mim acontece-me com grande regularidade. Esta manhã lembrei-me que ainda não tinha posto o Euromilhões. Entrei numa papelaria, entreguei o bolhetim e quando fui para pagar...Ups! «Olhe não tenho dinheiro. Já volto, ok? Vou levantar aqui perto.» «Mas já registei!» «Pois, desculpe. Fique com isso que eu já volto», pedi. O rapaz era assim um pouco saragomango (esta palavra também não deve existir). Tão trombudinho com a graça de Deus que um velhote que assistia à cena até se ofereceu para me emprestar 5 euros, aguardando que fosse ao Multibanco. Agradeci, recusei simpaticamente e lá fui buscar guito. Quando voltei à papelaria estava o dito velhote a comprar tabaco de enrolar. Quando veio a conta...Ups! Também não tinha moedas que chegassem. Resumindo: ainda tive de ser eu a desembolsar mais 75 cêntimos para o vício do meu novo amigo! E não é que o jovenzinho, trombudinho, Graças a Deus, nem se ria, muito menos facilitava? Esta gente não pode ser feliz. Cristo! Se me sair o prémio chorudo vou lá oferecer-lhe uma cirurgia para que faça um sorriso à Joker!