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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Ok. Já se começa a passar das marcas!
Ouvi na rádio que ontem foi dia do engolidor de espadas! Como diz que disse?
Quer-se dizer... Bem vistas as coisas é atividade como outra qualquer. Têm, inclusive, uma associação!
Mas, convenhamos, inserir objetos/armas brancas pelo esófago abaixo é prática no mínimo desaconselhável! Eu, que até me pelo só de pensar que algum dia poderei ter de fazer aquele exame de engolir um tubo, até já estou a ficar agoniada quanto mais uma compridaaaaaaa lâmina!
Agora - engolidora de sapos, metaforicamente falando... ai, nisso sou pro!
Aliás, disso é que devia haver uma associação, um sindicato e umas valentes indemnizações para quem tem de engolir muitos. Olha que bela ideia que eu tive....
Quem se junta a mim para fazer uma página de Facebook para com os desgraçados que, tal como eu, têm de engolir sapos, rãs e todos os batráquios de que há conhecimento?
Só acabamos na Assembleia da República para ir à aprovação!
Vou beber uns golinhos de água para ver se não fico embaçada com tanto coaxar...

Tal não é a moenga...

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Epá, perdoem-me o babanço mas tenho de contar-vos a história de amor da minha Caetana. Bem, neste caso - e graças a Deus ao contrário da mãe- é ela a recetora de intenso amor que não consegue corresponder.
Trata-se do marau da escola - aquele puto desgadelhado que bate em todos, que chama nomes a toda a gente, que está sempre no gabinete da coordenadora, que avia de cebolada quem lhe aparece à frente.
Imaginemos o nome fictício de Zé Pedro. Pois que o belo do Zé Pedro, apesar da sua rebeldia e mau comportamento, tem uma paixão assolapada pela minha Piqui. Até a mim já pediu autorização para a namorar. Ela foge dele como o diabo da cruz.
«Dá-me beijos nas bochechas à força!», queixa-se.
Ontem veio mostrar-me a linda carta de amor escrita pelo Dom Juan de oito anos: «Caetana, descolpa! Amute
Lindo! Fiquei derretida.
«Ó Caetana», disse-lhe eu. «Tão querido. Primeiro, tens de ensina-lo a escrever sem erros. Depois, posso guardar o bilhete? É que eu nunca recebi estas coisas. Talvez por ser o prototipo real do boneco da Michelin quando miúda, ou por ter óculos fundos de garrafa. Ou só por ser parva que nem uma chapa de zinco!»
A minha brutinha de 30 kg rasgou logo a bela da declaração!
Mas continuo na minha- coisa 'mai' linda!
Tal não é a moenga... Como estará o pobre coraçãozinho do galanteador morenaço de menos de um metro mas de gigante atitude e bravura?

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