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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

20200408_211337.jpg É que nem fechada em casa deixo de passar por situações confrangedoras. Por Dios! Pois que a presente quarentena 'obrigou-me' a ir buscar uma bicicleta estática para ver se transpiro o stress e a ansiedade resultantes deste cabrão deste confinamento.
Coloquei a minha nova amiga junto da varanda, bem perto das janelas. Até há bem pouco tempo pedalava ao som das músicas que mais me inspiram a dar ao canelo. Mas agora, o Alexandre Júnior, do Fitness Hut Amadora, começou a dar aulas on line. Ora, é completamente diferente estar em esforço de acordo com as batidas certas e com as músicas selecionadas para diferentes percursos e treinos. A intensidade é muito maior se estiver alguém a dar-me ordens: «sobe, desce, sobe, desce, aguenta, power climb, carrega, aperta, alivia...» (querem ver que tenho perfil de submissa?)

Bem, um destes dias, lá estava eu a pedalar como se não houvesse amanhã, com o som do telemóvel ligado a uma pequena coluna. Acontece que o Alexandre Júnior - quem o conhece percebe o que estou a dizer - tem uma voz característica. Mais: tem um assobio peculiar - sonoro, intenso, divertido, contagiante.

 

20200408_211420.jpgAcontece que, com a janela aberta e a música a bombar, cada vez que ele assobiava um grupo de rapazes da casa em frente olhava para cima, vislumbrando apenas a mim, toda transpirada e esgrouviada ainda que os assobios fossem do Alexandre Júnior!

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Logicamente riam, olhavam para a minha janela e cochichavam . De certeza que estariam a pensar: «Olha esta tarada! A pedalar e a galar-nos lá de cima. E nem se esconde, só assobia!»

Devia estar bem corada - do esforço e da barraca!
Fechei um pouco a janela e continuei  'a subir a montanha'. Era o que mais faltava - haver alguma coisa que me impedisse de suar o meu mau feitio por estar aqui fechada há semanas! Sim, estou insuportável, birrenta, impertinente, má de aturar, pessimista, fartinha desta m#$##da!!!!!!!!!!!

Por Dios!

Tal não é a moenga!
Cuidem-se!

PÁSCOA FELIZ!

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Enfim! Figurinhas! Nada a que já não esteja habituada, certo?! 
Encafuada no Moinho do Guizo, resta-me passear os ténis aqui pelas redondezas e pelos seus depressivos ermos que até causam arrepios: acreditam que encontrei um quintal com montes de tangas- bonecos, panos, ervas e outras cenas maradas- penduradas num género de altar? Vudu? Por Dios!

Lá peguei na minha' mini me' (a Caetana) que é ginasta e atleta mas não pode com uma gata pelo rabo. Dá três passinhos e começa logo a reclamar cansaço. Ou seja, acelerar a minha frequência cardíaca depara-se-me como tarefa hercúlea. Tive, então, a brilhante ideia de fazer marcha para ver se conseguia imprimir alguma  velocidade ao passeio enquanto puxava pela Caetana. Que figurinha. Ainda bem que não encontrei ninguém na rua ou ainda ia parar ao You Tube. Com todo o respeito por esta modalidade olímpica - senti-me uma perfeita 'tantan' (mais ainda). Mas lá me obriguei a percorrer alguns metros naquele esforço - anca para cá, anca para lá... Suar? Esquece lá isso. Só consegui ficar com mossa na crista ilíaca; fémur que desde nascença me obriga a consultas de ortopedia. Sabem que isto de não andar aos saltos está a consumir-me a existência!  Sou estupidamente maluca com o ginásio , mais pelo bem que faz à cabeça que ao corpo... que isso já foi tempo!

Curioso que muitos de vocês mandaram-me mensagens preocupados com o fecho do Fitness Hut e das consequências disso na minha já escassa sanidade mental. Como se me tivesse falecido o hamster!!! Conhecem-me tão bem! Pessoinhas 'mai' lindas do meu coração!

Enfim! Já marchava já. Mas era de casa para fora!
Isto não vai ser fácil!

E esperem lá: chegou a Primavera? E se a dita fosse para o real orifício? Chuva? Nem marchar posso?

Tal não é a moenga!

Cuidem-se!

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Olha que isto há com cada porra! E eu é que sou da província... 
Fui ao meu ginásio - já vos disse que se não me esfalfar aos pulos terei de amantizar-me com um psiquiatra -,  e entrei no balneário afoita, à pressa, o meu normal...
Como trago sempre montes de tralha, puxo por um trolley que, por ser enorme, obriga-me a ocupar dois cacifos: um em baixo e outro em cima (ó Fitness Hut, não trocava de ginásio nem que me pagassem mas os cacifos são um bocadinho a dar para o estreito).
Lógico que, atarantada como só eu, abri a porta do cacifo superior, comecei a tirar a roupa do meu 'bobby' e assim que me levanto - badum, mandei uma trancada na porta do cacifo de cima que até me fez perder a força nas pernas. A ver se consigo descrever o momento: sabem aquela dor fininha, mesmo no alto da pinha, que parece ter o efeito daquelas máquinas de cortar fiambre pelo cocuruto adentro? Doeu, porra dum cabrão.
Dei um passo atrás mas nem tive tempo de curtir o meu sofrimento. Acreditam que a moça ao meu lado começou a sentir-se mal de ver-me bater com a caixa córnea?
«Ai, eu não posso ver pessoas a magoarem-se, muito menos sangue», dizia a lívida rapariga. «Mas eu não estou a sangrar. Só fiz um galo [mais um, nem a $%##%W]
«Mas eu vi-a bater com a cabeça e ouvi o barulho. E fico logo a sentir-me mal. Vou ali lavar a cara!»
E correu para a casa de banho. Acham normal?
Ainda a fui espreitar mas estava encafuada no compartimento das sanitas.
Bolas - e fui eu que me aleijei!

Tal não é a moenga...

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Ora, eu e a mania que tenho 20 anos. Ora, eu e a minha mania de ir atrás do João Pinto (melhor instrutor de fitness do mundo e arredores). Desafiou-nos a fazer aula de fit moves no Fitness Hut dos Olivais. Bem, eu sabia ao que ia mas...
Amigos, desde a andar à urso, a fazer carrinhos segurando as pernas de outro, a andar à caranguejo, de recuas, ora de barriga para cima, ora de barriga para baixo, a sova de meia hora pareceu mais longa que os antigos discursos de Fidel Castro. 
E enquanto ali estava a penitenciar-se com aqueles exercícios todos, pensava eu em alto: a minha vida já está a andar pouco para trás para agora ainda ter de gatinhar de recuas! «Isso mesmo. Gatinhar. O corpo desabituou-se de fazer estas pequenas coisas de quando éramos putos. Subíamos às árvores, gatinhavamos, jogavamos à apanhada...» Toda a razão amigo. A isso chama-se crescer, pá! E eu nunca fiz essas coisas: primeiro porque era a reprodução de um pequeno lutador de sumo e depois porque sempre tive atestado médico para estar paradinha.
A verdade é que o treino foi top e acho que vou lá estar caída todas as semanas.
Cá pinos, rodas e essas tangas é que não, pois sabes que sou meio (só um bocadinho) desiquilibrada, combinado?

Tal não é a moenga!

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A mania das empresas de manutenção fazerem a dita cuja nos horários menos adequados...Quem já chegou às escadas rolantes e as encontrou paradas, tendo de seguir a penantes e sem rolar? A mim já me aconteceu variadíssimas vezes mas, acontece, meus amigos, que estamos na geração do pescoço partido. Ou seja, todos nós andamos a olhar para o telemóvel. E eu também já começo a abusar da cena. Saí do ginásio, no Spaccio dos Olivais, do meu Fitness Hut, das minhas aulinhas com o João Pinto (até já pumpo: conjugação alentejanada derivada da atividade de fazer body pump), e claro que me precipitei para as escadas sem reparar que não estavam a andar. O pior poderia ter acontecido, já que puxava o trolley, meu fiel companheiro que tem de aturar o fedor dos meus dois pares de ténis. Ainda me desiquilibrei mas o bendito trolley amparou-me. Só aleijei o dedão do pé, nas rodinhas do maldito trolley.
Não dá para por um néon a avisar: escadas desrolantes?

Tal não é a moenga...

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