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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Eu já sou baralhada das ideias e a malta também não me ajuda. Estamos a chegar ao Natal ou é Halloween outra vez? Eis o cagaço que apanhei uma destas manhãs no Allegro, em Alfragide. Entrei no Shopping, vinha com sacos e decidi ir pô-los ao carro para não ter de andar de cú para o ar a apanhar tralha...outra vez (sim que já tinha acontecido). Vinha cá na minha vida e sempre tive a mania/ tique/hábito de falar sozinha e andar depressa a olhar para os pés (tal e qual a minha Gertrudes!). O estacionamento estava escuro, voltei a fechar o carro e deparou-se-me este cenário no veículo ao lado (ver foto). Mandei um berrinho daqueles à croma, fiquei a olhar mas só estava eu e a máscara assustadora.
Dei voltas ao carro, espreitei lá para dentro, constatei que era apenas uma fantasia (que não acredito em bruxas mas que as há..há)... Nos vidros perto da entrada das escadas rolantes há um barbeiro. Se os clientes viram o meu espetáculo já posso ficar feliz de ter feito gargalhar alguém.

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Pois que, como prometido, aqui venho deixar as últimas do meu Halloween nos Moinhos da Funcheira!
E não é que tenho jeitinho para ser maléfica? Espetamos uma carga de nervos e pânico aos putos que, por certo, houve muitos que tiveram de dormir com os pais (e é tão bom...) Havia crianças a chorar...
«Você tem uma voz muito assustadora...» dizia-me uma miúda, encantada com a minha personagem. A verdade é que, com o corropio do dia a dia, esquecemo-nos de brincar. E faz-nos falta brincar também...em adultos!
Claro que a minha Caetana já andava envergonhada com as minhas figuras: «Cala-te mamã!». «Já chega», dizia-me, enquanto olhava para mim trajada de morte/sacerdotisa/qualquer coisa sem nexo, vendo-me encalhar e quase ir ao chão, tantas as vezes que tropecei no vestido/túnica, nos algodões que faziam de teias de aranha e nos lençois pendurados que nos embrulhavam sozinhos e nos faziam comichão e cócegas.
Por falar em quase ir ao chão: indiretamente voltei a fazer porcaria. Sabem quando pomos muita tralha nas costas da cadeira: casacos, mala pesada....e depois quando largamos a cadeira cai para trás? Nem mais - foi o que aconteceu quando a minha amiga Suzana ia sentar-se. Ela que estava tão jeitosa vestida de criada/mordoma, caiu desamparada, de cú, ficando só com as perninhas a dar a dar... Caiu-nos logo a máscara que largamo-nos a rir qual jokers!
«Não sabes pensar?», dir-me ia o meu pai, esse anjo que me pôs na terra!
E depois foi só gomas, rebuçados e sugus e nem uma abóbora para aproveitar para a sopa! Raios...

 

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 Então hoje é Halloween, esse típico costume português em que todos vão para a rua sem lavar a cara, assumindo as ramelas, certo? Concordo em absoluto. Nunca achei piada mas agora ando uma festivaleira...Upa! Upa! E como dirigente associativa, lá terei de estar com a minha melhor disposição para me fantasiar (ainda mais) e participar da Caça ao Tesouro que planeamos no meu Centro Desportivo, Cultural e Recreativo dos Moinhos da Funcheira. Vou de sacerdotisa - vestida de preto! Vou assumir as minhas olheiras (nem preciso gastar corretor), esborrato o rimel - o que também me acontece não poucas vezes, desenho umas cicatrizes na cara (algo que adoro ao natural e quando verdadeiras) e vou gritar aos moços pequenos para assusta-los. E qual a diferença disso para o meu dia a dia? Ah, já sei....vou ter mesmo de calar a boca e não resmungar quando chegar a parte de entupir os putos de açúcar! 

Amanhã, conto tudo! Bom era se participassem e pagassem um euro para ajudar a minha coletividade, formassem equipas de 4 e fossem ver in loco como sou maquiavélica e terrífica. (A última vez que me mascarei, de vaca, no Carnaval, parti um braço. Espero estar inteira para fazer a reportagem).

P.S: as abóboras são minhas e faz favor de não deitarem o interior fora que é ótimo na sopa!