Já vos contei das minhas mil batidas no parque de estacionamento de Linda a Velha, da minha dificuldade em sequer saber de que terra sou , tal o meu despiste de neurónios. Graças a Deus encontro sempre malta conhecida que me ampara os golpes e, nesse parque, há um rapaz, funcionário da casa, que me conhece de outros futebóis. Saio eu toda lampeira... - Elsa, vais para o carro? Está do outro lado - vais na direção errada! -Ups! É o hábito - se mudo o carro de sítio, depois nunca mais sei onde o largo. No dia seguinte. Saio eu toda lampeira... -Ó Elsa, vais para o carro? Está na outra ponta do parque. Vais na direção errada.. Tão despistada, tão alvoreada, Cristo my Lord. Diz-me o rapaz: - Olha, já tens mais 'uma' para o Bichanando! Confirma-se. Cá está! Bejos e obrigada!
Tal não é a moenga...
Ok. Tenho um sério problema com o parque de estacionamento do Forum de Linda a Velha. O tal onde já bati, já parti o espelho do carro....e por aí fora. É que nunca vi nada tão apertadinho - em termos de estacionamento que é o que estamos a falar, certo? Ora, quando chego, depois do ginásio, esbaforida, trolley numa mão, casaco na outra, mala a cair do ombro, chaves do carro presas nos dedos, ticket do parque nos dentes e muitas vezes com a mochila do computador às costas, quando chegou ao carro e tenho de apertar-me toda para caber no espacinho entre veículos para abrir a porta do meu...porra! Há dias que são mais difíceis que outros. Não há muito tempo, caiu-me tudo das mãos, disse uma asneirada, voou-me o ticket da boca e, lógico, que assim que abri a porta do carro....'badum'! Porradinha no que estava ao lado. Passados uns segundos, o vidro começa a baixar. Raios que estava alguém lá dentro! Começo a esboçar o meu sorriso malandro, de criança que fez mT%&%$a, a ver se me safava mas o rapaz era trombudo. «Desculpe, foi mesmo sem querer.» «Foi, foi...» Acreditam que a bestonga nem chegou à frente, nem atrás, nem se sensibilizou com a minha dificuldade? Será que estou a perder qualidades e o meu sorriso também já não faz efeito? (Tudo passa com a idade...) Eu não sou de desejar mal a ninguém - Deus me livre - , mas pode ser que tenha uma daquelas valentes descargas de tripa.
Tal não é a moenga...
Como é que diz a música? Há dias que nem de manhã ou de tarde se pode sair à noite, certo? Tenho tantos desses dias... Hoje, definitivamente, é um deles! Irra que estou desejosa de meter-me nos lençóis e, mesmo assim, devo perder as meias, com as quais já nem durmo. Mas estou a desfocar-me do assunto! Comecei o dia a andar pelo passeio Marítimo de Oeiras com o meu amigo Miguel Nunes (não consigo correr com vento que faz-me dor de cabeça). Fomos por ali fora, pela areia da praia, até Carcavelos. Decidimos ir ao café. «Miguel, perdi o telefone!» «Caraças, não paramos em lado nenhum. Como foi isso?» Pois, amigos, a mim acontecem-me coisas estranhas. Aflita - tenho lá a minha vida e aquela moenga foi caríssima - , voltamos por onde tínhamos vindo. Metros à frente, lá estava, no chão, intacto, o meu belo aparelho que batizei de Bonifácio. Ufa!
Fui ao ginásio, depois fui almoçar e eis senão quando, quando vou para pagar o parque de estacionamento... «Onde pus o cartão?»! Fosga-se! Voltei atrás e as meninas do Abacate (as tais que também me encontraram o espelho do carro quando me espatifei contra um pilar) tinham-no encontrado e guardado. Catano, tenho um grande anjinho da guarda!
Fui para casa. Arrumei tudo e voltei a sair porque há coisa que nunca perco são as horas de ir buscar a minha Caetana. 'Atão' não é que quando chego à rua tinha o carro no meio da estrada? Juro! Convém não esquecer de puxar o travão de mão, né? Mas porque raio sou assim, porra dum cabrão?