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Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

Bichanando

Onde uma sempre jovem quarentona limpa o cotão que tem no cérebro!

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Engraçado como - talvez com a idade, não? - começamos a dar valor a tão pequenas coisas que agora nos deliciam sobremaneira.
Ia eu a caminho de Beja quando desatei aos berros dentro do carro: «Para, para, para!»
Qual a urgência? Uma banquinha à beira da estrada com um rapazito a vender poejos. Sabem o que são poejos, certo? Uma erva/tempero com um travo bem especial, entre o ligeiramente picante e um intenso sabor a... poejos! Não há como descrever.
Sei que aquele sabor traz-me boas recordações - sobretudo associo-o a açordas! Ai uma açordinha de poejo - também já lá vão uns anitos desde a última vez que me forrou o estomâgo.
Bem, corri desalmada direito aos poejos e até assustei o moço: «Quero poejos!»
Um sorriso tão de orelha a orelha que o bom do alentejanito, que já deve estar farto de poejos como de contas para pagar, ficou a olhar para mim, pasmo.
Lá me deu o raminho , cravou-me 3 euros  (pagava 10) e lá fui toda contente para a Gertrudes: «Faz-me um caldo de poejos!»
Amigas - é preciso tão pouco para sermos felizes. Deviam ver a cara dos putos a provar aquilo. E a opinião foi unânime:  «Como a carne com batatas fritas!»
Esta nova geração tem uma falta de sensibilidade...
Tal não é a moenga...

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