No Alentejo há bons tomates! Literalmente! Toda a gastronomia passa por um belo tomate. 'Atão' agora no verão ninguém dispensa a boa da vinagrada- o conhecido gaspacho. . Ninguém prescinde da bela da saladinha de tomate com pimentos. Agora- lá por Beja é preciso estar-se em jejum para dar conta dos tomates - parecem bolas! (atenção às piadinhas). Bolas de basquetebol - enormes, gigantes! Abençoada terra que o pariu. Quem havia de dizer que das tomateiras - plantas pequeninas com bolinhas pequenas -, haveria de sair aquela enormidade. Nunca vi tamanhos tomates! (atenção às piadolas). Tal não é a moenga...
Se há coisa para a qual não tenho jeitinho nenhum é para a cozinha (entre muitas outras - verdade se diga). Desenrasco apenas o básico: o arrozito, os bifinhos, as sopinhas - agora não me venham cá com dessossar de patos, esmifrar galinhas para cabidelas, rechear ou tostar animais e outros massacres do género. Mas os meus pais vieram visitar-me e trouxeram-me tantos leguminhos frescos e viçosos que não os quis deixar estragar. Ora que faço eu com tantos tomates? «Grandes, suculentos, sem químicos», disse-me a minha Gertrudes. Tirei-lhes o interior, meti lá para dentro alface, atum e um ovo, levei tudo ao forno e não é que saiu um pitéu? Era ver-me a comer tomates sem destino. Saudável, pouco calórico, cheio de fibras e proteínas.... Amigos preciso mesmo de voltar a passar pouco tempo em casa, senão, quando derem por mim, tenho um penteado cheio de ondinhas no alto da cabeça como perfeita sucessora da Filipa Vacondeus (Deus a tenha!). Agora já sabem- se vos convidar para jantar na minha casa levam com os tomates! Tal não é a moenga...