Outro dia, em conversa, lembrei-me : ainda não vos contei esta! Já que estamos em período de férias, praia ou piscina (de escaldões não que isto o sol não quer nada connosco - tenho muita pena de quem está de férias) ... Há algum tempo, quis armar-me em boa samaritana e ajudar uma família espanhola a adaptar-se a Lisboa. Não conheciam nada, tinham filhos pequenos, então bora lá à piscina salgada de Oeiras. O dia correu mais ou menos - não havia muito tema de conversa, o meu espanhol foi o que consegui aprender a ver o Verão Azul - mas lá estavamos a olhar para os pequenos. O espanholito era bebé de fralda e a sua santa mãezinha teve a brilhante ideia de lha tirar dentro da água. Pouco demorou até começarmos a ver um belo de um presente a boiar na água. Lógico que começou tudo a gritar: «que nojo!» E saltou tudo de dentro de água. Evidentemente, interditaram a piscina para desinfeção, uma 'tourada' de todo o tamanho com os putos malucos por não poderem estar na água... E a espanhola? Zarpou! Deu de frosques, nem se despediu! Oabre! Foi um ar que se lhe deu! Resultado: ficou tudo a olhar para mim a pensar que tinha sido eu! Que vergonha de um real cabrão! Verdade, verdadinha! Tal não é a moenga....
Meus amigos - estou irritada com f! Há gente que devia ter cavalos pelas barrigas das pernas! Já vos falei dos meus padrinhos, não já? Da minha tia Dulce e do meu tio Gino que vivem aqui perto de mim, em Lisboa. Pois que a minha santa tia ligou para a minha mãe em alvoroço. Vejam bem: tinha ela ido despejar o lixo quando um indivíduo - cheio de aparência, muito bem posto, de malinha a tiracolo, cheio de salamaleques - dela se aproximou. Disse-lhe, então, este energúmeno que tinha sido a sua sobrinha a manda-lo falar com ela. A boa da Dulce achou muito estranho mas a história batia certo. «Pois, foi a sua sobrinha que me pediu para vir ter consigo e pedir-lhe para assinar estes papéis. É que ela mudou de emprego e precisa disto despachado. Precisa só de pagar os papéis, também!» Ora porra! A minha tia, de mais de 80 anos, que é esperta e lúcida como eu nunca serei, achou logo aquilo muito bizarro. Não pagou nada e voltou costas ao estropício. «Certamente, a Noca [euzinha] teria falado comigo», argumentava ao telefone com a minha mãe. Lógico, né? Mas vejam como a teia estava bem montada - o tipo, que espero esteja na retrete com uma gastroenterite, foi logo falar-lhe da sobrinha, que a minha tia não tem filhos, sobrinha essa com novo desafio profissional . Confere! Tudo a fazer sentido para extorquir-lhe guito. E a boa da Dulce nem sequer lhe perguntou quanto queria pelos malditos papéis. No meio desta tanga toda - uma questão assola-me o espírito. Será que o tipo lê o meu Bichanando , estando a par das últimas da minha existência para se aproveitar da minha velhota? Mas como sabia ele quem era a minha tia Dulce? Nunca publiquei foto dela, pois não? Ups..... A minha mãe é que tem razão: «para que raio espetas tu tudo na Internet?» Se me estiver a ler - seu intrujão - toma, toma, toma... Incha! Tal não é a moenga....
Ai amigos que as pioras continuam acentuadas e melhoras nem vê-las! 'Atão' que há dias (já vos disse - estarei a ficar repetitiva?) fiquei de choco em casa com a minha Caetana que quebrou com febre e dores de garganta. Quando a moça arribou pediu-me pêras. Fruta que não tinha em casa. Mas, pobre da minha menina - arranquei direito ao Pingo Doce cá do sitio. A fruta está logo à entrada, mas sendo sábado e hora de almoço, imaginam o 31 de gente a roubar os sacos plásticos fininhos não fossem eles acabar. Eu esperta, mandei lá a minha moçoila - os velhotes não resistem a uma criança simpática -, enquanto eu fiquei a escolher pêras que estavam todas empilhadas. Pois que, inteligente, feita monga, comecei a tirar as que estavam por baixo (pareciam mais amarelinhas). Deu porcaria.... Era ver pêras a rolarem chão fora, velhotes a olharem para mim com cara de quem me queria fuzilar que os carrinhos não passavam... Ó Caetana ajuda aqui... Está bem, está. Fugiu a rir, deixou-me sozinha de cú para o ar a apanhar pêras. «Então filha, podias ter ajudado não??!!...» «Eu? Claro que não. Fui esconder-me para não perceberem que estava contigo!» É um doce...
Tal não é a moenga!
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